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Justiça derruba liminar, e finanças de 2015 do Santos estão reprovadas

A gestão de Modesto Roma gastou quase R$ 3,8 milhões com intermediações em 2015 - Luiz Fernando Menezes/Folhapress
A gestão de Modesto Roma gastou quase R$ 3,8 milhões com intermediações em 2015 Imagem: Luiz Fernando Menezes/Folhapress

08/08/2016 15h30

A Justiça segue fazendo parte das decisões do Santos. Desde o dia 27 de abril, as contas de 2015 do clube são um dos assuntos mais discutidos no Conselho. O episódio, desta vez, é a invalidação de uma liminar obtida pelo conselheiro Celso Pires Gonçalves. O documento anulava a votação do Deliberativo que reprovou as contas do presidente Modesto Roma Júnior referentes ao ano passado. Com a nova decisão, as finanças do Santos seguem reprovadas.

Na ocasião em que o conselheiro obteve a liminar para anular a votação do Conselho, as bases do documento foram três votos de ex-membros do Comitê de Gestão, que participaram ativamente da gestão de Modesto Roma Júnior em 2015, são eles: José Renato Quaresma, Jorge Corrêa da Costa e Rodrigo Marino.

No entanto, na decisão da Justiça, o juiz alegou que os três ex-membros da diretoria retornaram ao Conselho Deliberativo após a saída do Comitê de Gestão e, portanto, seus votos são válidos.

A reunião do Conselho do dia 27 de abril foi decidida com 83 votos a favor da reprovação das contas e 81 contrários.

No estatuto do Santos, a reprovação de contas pode resultar no impedimento do presidente e de seu vice.

Ainda de acordo com a Justiça, o presidente do Conselho Deliberativo, Fernando Galotti Bonavides, deverá ler o texto da decisão durante a próxima reunião do órgão, que será marcada para o fim deste mês, para Modesto apresentar detalhes do projeto para a construção do novo estádio do Peixe.

A reprovação das contas

Antes da votação, o Conselho Fiscal do Santos havia dado um parecer favorável à reprovação das contas principalmente pelo pagamento de comissões a empresários para renovação e contratação de jogadores.

Foram gastos R$ 3.769.250 com intermediações em 2015, na renovação de contratos de atletas. O somatório inclui R$ 600 mil gastos na renovação do lateral Caju, R$ 580 mil pelo acerto de extensão contratual com zagueiro David Braz, R$ 326 mil por Victor Ferraz e R$ 440 mil e R$ 420 mil para contratar e renovar com Ricardo Oliveira.

Em relação ao volante Alison, que teve 70% de seus direitos vendidos ao Banco BMG em dezembro de 2014, o Peixe readquiriu o mesmo percentual no início do mandato de Modesto. No entanto, a venda foi de R$ 4.785.000 e a compra de R$ 7.547.000 por conta de juros estabelecidos em contrato da nova compra.

Já sobre as cotas de televisão do Paulistão, foram adiantados R$ 6.725.000. O principal ponto é que, de acordo com o estatuto, o presidente deve consultar o Conselho Deliberativo antes de solicitar o adiantamento, o que não ocorreu.