Dúvida por patrocínio e novo tumulto na base: Corinthians tem racha interno
Enquanto tenta se reerguer dentro de campo e retomar o lugar dentro do G4 perdido após 12 rodadas, o Corinthians vive uma rotina de preocupações nos bastidores e um novo racha entre importantes dirigentes do clube. Nas últimas semanas, dois casos dividiram opiniões e mobilizaram a cúpula alvinegra: a iminência de um acordo de patrocínio com a marca de cerveja Estrella Galicia e a contratação de um jovem jogador que havia sido recusado na peneira do clube, mas acabou assinando contrato por conta da indicação de um conselheiro.
Como revelado pelo Lance! em julho, o Corinthians está próximo de fechar um novo contrato de patrocínio, e a empresa é a cervejaria Estrella Galicia, fundada na Espanha e que iniciou parte de sua operação no Brasil em 2014.
Um dos responsáveis pela marca no país é o executivo Fábio Rodrigues, conselheiro do Timão até 2014 e próximo do grupo político do ex-presidente Andrés Sanchez. A relação tem gerado suspeitas e acusações internas nas últimas semanas, mas o caso é tratado com naturalidade pelos profissionais do marketing do Timão, que esperam por novos acordos e receitas.
Hoje, o Corinthians tem três patrocinadores no uniforme: Caixa, no espaço nobre (peito), Tim (número da camisa) e Special Dog (calção). Recentemente, a empresa Winner Play pagou multa rescisória e rescindiu contrato com o clube, que ainda tem acordos diferentes de patrocínio para outras plataformas.
O outro caso que tem mobilizado atenções na cúpula corintiana é mais um escândalo nas categorias de base. Meses após o "caso Alyson", em que um empresário afirmou ter pago ao Corinthians por benefícios não recebidos, um garoto de 17 anos assinou contrato com o clube depois de ter sido rejeitado na avaliação da comissão técnica. O caso, já também publicado pelo Globoesporte.com, é que o jovem jogador havia sido indicado ao clube pelo conselheiro Manoel Ramos Evangelista, o Mané da Carne, figura influente nos bastidores e popular no Parque São Jorge.
Mané da Carne indicou o jovem, que foi submetido a avaliação no clube e recusado. Semanas depois, o garoto assinou contrato com o clube aprovado pelo diretor geral das categorias de base, José Onofre de Souza Almeida. O novo escândalo da base corintiana tem gerado críticas internas severas ao diretor, que corre até mesmo o risco de deixar o cargo, assim como ocorreu com Fábio Barrozo no "caso Alyson".
Nas próximas semanas, figuras importantes da diretoria e do Conselho Deliberativo se reunirão para definições sobre esses e outros assuntos, como o fim do chamado "Chapão" nas eleições do clube - sistema político em que os 250 conselheiros eleitos trienalmente provêm de uma única chapa.
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