Ricardo Gomes repete aproveitamento do Botafogo e São Paulo fica a perigo
Semifinalista da Copa Libertadores da América e agora comandante da seleção argentina, Edgardo Bauza tinha como ressalva em seu trabalho no São Paulo o baixo aproveitamento de pontos. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, fez apenas 42,59%. Mas o que era uma situação criticada se tornou algo crítico desde a chegada de Ricardo Gomes.
Para contratá-lo do Botafogo, o clube tricolor pensou no título da Série B de 2015, no vice em 2016 no Campeonato Carioca e na elogiada organização. Os pontos positivos prevaleceram sobre o aproveitamento baixo de 37,04% no Brasileirão, suficientes para que os alvinegros ficassem oito rodadas na zona de rebaixamento no primeiro turno.
Agora, com os 37,04% repetidos nos dez primeiros jogos disputados na Série A pelo time paulista, a zona da degola está a apenas três pontos e duas equipes de distância. O aproveitamento de Ricardo é menor do que o do Internacional, 17º colocado: 37,9%. E a situação só não ficou mais crítica porque o ex-clube do treinador apareceu para dar ajuda providencial aos são-paulinos.
No último domingo, o Botafogo visitou o Figueirense, então 18º lugar, no Orlando Scarpelli. Se perdesse, a distância do São Paulo para a zona de rebaixamento seria de dois pontos, justo para os catarinenses. Nos acréscimos, porém, Bruno Silva marcou e os cariocas venceram por 1 a 0 para chegar à sétima posição e à oitava vitória sob o comando de Jair Ventura.
O botafoguense era auxiliar de Ricardo, foi interino no primeiro jogo sem o mentor e efetivado na abertura do segundo turno, diante do próprio time tricolor. Venceu por 1 a 0 no Morumbi e já soma 72,2% de aproveitamento, uma marca que levaria o clube à liderança do Brasileirão - o líder Palmeiras tem 68,9% após derrotar o lanterna América-MG.
A análise são-paulina, porém, é de que Ricardo tem feito trabalho digno. Reconhecem e culpam a própria atuação desequilibrada na janela de transferências do meio do ano, que fragilizou o ataque do time. E há ainda um alento: se o aproveitamento do técnico for mantido, serão mais dez pontos somados até a 38ª rodada, resultando em 46 pontos, marca com a qual nenhum time foi rebaixado desde que o Brasileirão passou a ser disputado por 20 clubes e em pontos corridos, em 2006.
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