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Sem jogar há um turno, Osvaldo diz: "Tem vezes que prefiro ficar em casa"

NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C
Imagem: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C

26/10/2016 07h00

Um turno sem entrar em campo. Esta é a condição do atacante Osvaldo no Fluminense. O camisa 17 não é acionado pelo técnico Levir Culpi desde o dia 10 de julho, na partida contra o Vitória pelo Campeonato Brasileiro. Na sexta, o Tricolor reencontra o rival baiano no Maracanã, pela 33 rodada do torneio, mas não há grande expectativa pela participação do jogador de 29 anos, revelado pelo Fortaleza e com passagens pelo São Paulo e Ceará.

Ao Lance!, Osvaldo afirmou estar vivendo uma situação inédita em sua carreira. Apesar da dificuldade em manter-se motivado, o atacante afirmar respeitar a decisão do treinador, os companheiros de grupos e que continua trabalhando para voltar a ter oportunidades no Tricolor.

"Tinha passado por isso apenas no primeiro ano entre os profissionais. É normal, você demora um pouco a ter oportunidades. Tem sido complicado, difícil, mas a gente não pode desanimar", declarou Osvaldo, autor de quatro gols em 30 partidas na temporada, antes de completar:

"Tenho respeitado (as decisões de Levir Culpi). Sou um cara de bom ambiente. Por onde passei mostrei ser um cara de grupo. Tenho que respeitar os meus companheiros dentro de campo, mas tem sido difícil. Sou funcionário do clube e tenho que continuar fazendo meu trabalho. É o que estou fazendo. Às vezes, eu tenho ido para jogos apenas por ir. Já vou sabendo, na minha cabeça, que não vou entrar. Então, tem hora que prefiro ficar até em casa do que ir para jogo e não ter oportunidade", explicou o atacante ao Lance!.

Contratado em julho de 2015, Osvaldo tem vínculo com o Fluminense até dezembro de 2017, mas o futuro do jogador está indefinido. Insatisfeito com a situação no clube, o atacante diz que não deseja ficar nas Laranjeiras se seguir sem oportunidades de entrar em campo.

Além de brigar pela classificação para a Libertadores do ano que vem, o Fluminense terá eleição presidencial no mês de novembro. O desfecho das duas situações podem definir o futuro não só de Osvaldo, mas também da atual comissão técnica e do treinador Levir Culpi.

"O futebol é muito dinâmico. Um dia você está por baixo, no outro está por cima. Ainda não tem nada decidido, mas se for para ficar assim prefiro tentar a chance em outro clube",  comentou Osvaldo.

Confira outras respostas do atacante Osvaldo, do Fluminense:

Acredita que poderia estar jogando mais pelo Fluminense?

Todo jogador vai dizer que tem condições de jogar. Me vejo em um nível muito bom para o futebol brasileiro, me vejo atuando em qualquer time do Brasil. É difícil estar no Fluminense e não ser aproveitado nem por 10, 15 minutos. É complicado, mas tenho que continuar trabalhando e aproveitar a chance quando vier.

Em agosto, você teve ofertas para sair, e até chegou a negociar com o Sport. Como foi essa situação?

Quando surgiu a oportunidade de sair eu já tinha completado 7 jogos pelo Fluminense, então não podia ir para outro time da Série A. Não havia interesse meu de ir para a Série B. O Fluminense tentou algo, mas da minha parte não havia interesse.

O Levir Culpi ou alguém da comissão técnica explicou as poucas oportunidades? Você procurou essa resposta?

O Levir me procurou na semana em que existia a indecisão da minha permanência. Acabei ficando. Ele não falou (sobre as poucas chances), e não acho legal ficar falando com o técnico. Tem que mostrar nos treinamentos.

Você tem uma identificação com o São Paulo, clube o qual viveu seu melhor momento. Seria um bom destino para o ano que vem?

Aonde passei deixei as portas abertas. Tenho um carinho muito grande pelo São Paulo. Tenho grandes amigos lá, companheiros e dirigentes que seguem lá. Alguns até perguntam se tenho vontade de voltar. Graças a Deus, deixei as portas abertas. Tenho muito para mostrar em nível de Série A ainda.

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