Topo

Corintianos que ameaçaram juíza têm prisão preventiva decretada

uíza que decretou a prisão de 30 corintianos por briga no Maracanã recebeu ameaças - Armando Paiva/AGIF
uíza que decretou a prisão de 30 corintianos por briga no Maracanã recebeu ameaças Imagem: Armando Paiva/AGIF

16/11/2016 18h27

Foi decretada a prisão preventiva dos 10 corintianos detidos na última semana sob acusação de terem ameaçado a juíza Marcela Caram. A magistrada foi responsável pela prisão preventiva dos 30 torcedores do Corinthians que supostamente se envolveram em briga com policiais militares nas arquibancadas do estádio do Maracanã. A decisão foi tomada pela juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal do Rio. 

"Convém ponderar que os fatos praticados, por si só, são gravíssimos quando praticados contra qualquer nacional. Contudo, em se tratando de uma magistrada no exercício das suas funções, representante de um Poder do Estado, se mostra mais que necessária a garantia da Ordem Pública, que, sem dúvida, restou abalada", declarou.

Os 10 torcedores estavam com a prisão temporária decretada, quando foram detidos em São Paulo por policiais da Delegacia de Repressão por Crimes de Informática (DRCI) do Rio.

Segundo a juíza, os denunciados foram todos identificados pelas mensagens encaminhadas e registradas através do Facebook, "havendo no presente momento indícios suficientes da ocorrência dos delitos, bem como da sua autoria".

Os corintianos foram enquadrados nos artigos 138 (calúnia), 140 (injúria), 141 (inciso II - contra funcionário, em razão de suas funções), 344 (usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral) e 288 (Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes). Os delitos preveem pena máxima superior a quatro anos de prisão.