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Follmann volta à Arena Condá com time de futebol formado por amputados

Divulgação/Chapecoense
Imagem: Divulgação/Chapecoense

08/09/2017 17h06

A partida entre Chapecoense e Cruzeiro é cercada de tensão, principalmente porque a equipe catarinense precisa de uma vitória para deixar a zona de rebaixamento e, caso não alcance o objetivo, pode se enrolar nas próximas rodadas. Apesar do nervosismo dos dois lados, A Arena Condá será palco de uma exibição do Audax com jogadores amputados durante os 15 minutos de intervalo entre as etapas. Jackson Follmann, que antes evitava os gols, estará na linha desta vez, e já pensa em marcar gol.

"Voltar a entrar no campo da Arena é uma sensação única, poder proporcionar essa demonstração dos meninos do Audax. É um momento ímpar e prazeroso, porque, com muito orgulho, também sou amputado. Nossa torcida vai gostar. Se tiver uma brecha, bato um pênalti (risos)", disse o atleta.

Apesar de estar conseguindo se destacar nas rodas de altinha, como já visto em alguns vídeos, Follmann não planeja atuar na modalidade, mas partiu dele o convite para o Audax fazer a sua exibição, a fim de promover ainda mais a inclusão e despertar o interesse de mais pessoas nos esportes paralímpicos.

"É uma oportunidade para as pessoas verem que a limitação está na cabeça e existe uma vida após a amputação. É um esporte pouco visto, e é uma chance de os meninos mostrarem que podemos, sim, praticar esporte mesmo quando não se tem um membro", afirmou o ex-goleiro.

O coordenador geral do projeto, Maurício Nery, único biamputado a fazer embaixadinhas, também participará do evento na Arena Condá e promete surpresas.

"Todos tinham o sonho de ser jogador, mas, infelizmente, perderam a perna, seja por acidente ou doença. O Follmann nos ajuda a fazer essa inclusão no futebol. Ele mesmo vai se surpreender com o que vai ver. Agora, faz parte da nossa família", declarou Maurício Nery.

O futebol para amputados não faz uso de próteses e sim de muletas. Os goleiros geralmente têm um dos braços amputado ou com má formação. Vale lembrar que a modalidade não é parte do programa dos Jogos Paralímpicos.