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Carille planeja Corinthians para 2018 e diz que prioridade é zagueiro

Thiago Ribeiro/AGIF
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

30/11/2017 06h00

Com o título brasileiro garantido desde o dia 15 de novembro, o Corinthians intensifica o planejamento para a próxima temporada. Em entrevista exclusiva ao LANCE!, o técnico Fábio Carille contou como pretende armar sua equipe, os reforços que precisa e quantos jogadores quer ter no elenco.

A ideia inicial é ter um time no 4-1-4-1, assim como foi no início deste ano. Carille, porém, pode abdicar de seu esquema preferido por conta das características do elenco. Ele quer primeiro ter o grupo definido para depois pensar na formação da equipe.

"Vai depender do elenco. Também gosto pra caramba do que tem sido feito na Europa, com três zagueiros, muitos times jogando assim, uns com linha de cinco, tenho olhado algumas coisas... Mas vai depender muito do elenco. O quanto antes tiver o elenco definido, eu já vou ter a forma de trabalhar. E no primeiro dia de trabalho, já vou começar a aplicar essa forma", afirmou Carille.

Até por conta da preferência pelo 4-1-4-1, Carille quer mais dois jogadores de ponta para o elenco de 2018. Ele falou em ter um grupo mais "equilibrado" e ainda reforçou a necessidade de mais um zagueiro, como já havia pedido nesta temporada, além de reposições das eventuais saídas. Até agora, o Timão perdeu Pablo e está perto de fechar a venda de Guilherme Arana ao Sevilla (ESP).

"Mais um zagueiro, com certeza. Quero mais dois jogadores de velocidade, como Clayson e Marquinhos Gabriel, jogadores que quebram a marcação. E o restante vai depender muito da volta de jogadores que estão emprestados ou da saída de alguém que está aqui. Saindo alguém, tem que trazer para repor", disse o treinador.

"Sempre deixei claro a intenção de trazer mais um zagueiro. Chegamos a ir a alguns jogos sem ter um zagueiro reserva. É a única posição que não improvisa. Não pedi nada mais do que isso, por saber também da condição do clube. E buscar um jogador do mesmo nível que o nosso eu acho bobeira. Os zagueiros que me apresentaram não me agradaram, e por isso acabamos não trazendo mais ninguém", acrescentou o treinador, que não pôde contar com Vilson, lesionado, ao longo da temporada.

Apesar do calendário mais apertado em razão da Copa do Mundo, Carille não vê a necessidade de aumentar o número de jogadores no elenco profissional. Assim como ocorreu em 2016, ele quer contar com 34 atletas.

"O ideal mesmo seria ter 28 jogadores aqui, mas muito integrado com a base, com a base mais próxima. Mas ano que vem vai ser muito apertado por causa da Copa, vai ser uma correria. Então acho que 34 é um bom número para trabalhar tranquilamente", analisou.

Em 2018, o Corinthians voltará a disputar a Libertadores da América. Carille disse ainda não saber se vai priorizar o principal torneio sul-americano, mas afirmou que é "perigoso" largar o Brasileirão. Ele ainda admitiu a inexperiência para justificar a dúvida.

"Entra um pouquinho no jogo a jogo. Não sabemos como vai ser o aperto de viagem, o grupo que você cai, se vai jogar longe... A partir do momento que sair os grupos, a gente já começa a ter mais um pouquinho de ideia. Mas acho isso um pouco perigoso. Muitas vezes você larga uma competição pela outra. Só que você não começa bem o Brasileiro, depois é desclassificado no mata-mata da Libertadores, mas já está longe no Brasileiro... É difícil. Por isso que falo em equilíbrio no elenco para essas situações", declarou Carille.

"Até pela minha inexperiência de ser o primeiro ano assim, tenho um pouquinho de dúvidas se vou priorizar alguma coisa", completou.

Após conquistar dois títulos em seu primeiro ano como técnico, Carille prefere não falar em novas conquistas em 2018. O que ele projetou foi uma equipe bem organizada, mas voltou a ressaltar a importância de não perder muitos jogadores para a próxima temporada.

"Não vou ficar falando em título. Falar "ganhamos dois títulos então temos que ganhar ano que vem". Isso não existe. Primeiro tem que fazer o time jogar bem, com entendimento do que todo mundo tem que fazer em campo. Não posso pensar em título se o elenco não está nem formado. O que penso é ter um time muito bem organizado, vou procurar compactar cada vez mais, que é um trabalho a longo prazo, e torcer para que não mude muito o elenco", opinou.

Com ideias bem definidas e ainda à espera das mudanças no elenco, Carille sabe que 2018 já começou faz tempo para o Corinthians. Há ainda muito trabalho pela frente...