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Vice do Vasco se posiciona sobre acusações e retirada de documentos

Diego Carvalho é Vice-Presidente de Comunicação do Vasco da Gama - Divulgação
Diego Carvalho é Vice-Presidente de Comunicação do Vasco da Gama Imagem: Divulgação

30/06/2018 15h00

Citado por Roberto Monteiro Soares no boletim de ocorrência sobre a invasão da sala da presidência do Conselho Deliberativo e a retirada de documentos da mesma, Diego Carvalho, Vice-Presidente de Comunicação do Vasco da Gama, se posicionou sobre o episódio neste sábado. O VP lamentou a presença do clube - mais uma vez - nas páginas policiais e levantou alguns pontos.

"O Comunicante (Roberto Monterio) informa que sentiu falta dos documentos por mim solicitados. Cabe mencionar que antes de assumir meu cargo como VP de Comunicação, o Comunicante foi à Secretaria do Club e retirou algumas atas e listas de presenças. Fiz uma carta em maio solicitando a devolução das atas e listas de presenças, tendo meu pedido ignorado pelo Comunicante", publicou Diego Carvalho em sua rede social.

"Tentei novamente o retorno desses documentos via Whatsapp e via protocolo que o Comunicante se recusou a receber por meio de seu assessor Sergio Machado. Sinceramente, não sei qual é o medo do Comunicante em deixar as atas e listas de presença guardadas junto com outras. Gostaria de saber o motivo da não devolução desses documentos à secretaria", completou.

Por fim, Diego Carvalho relatou a contratação de uma empresa para ajudar na "higienização da base de dados do Sócio Estatutário e nos programas de recadastramento e anistia que serão realizados em meados de julho", com o intuito de "estimular a volta ao quadro social da maior quantidade de sócios estatutários possível". Segundo a publicação do VP, tal medida pode estar "incomodando muito."

Relembre o caso

No dia 26 de junho, o Conselho Deliberativo do Vasco, por meio do presidente Roberto Monteiro Soares, licenciou Alexandre Campello das funções administrativas do clube e convocou o 1º VP Elói Ferreira de Araújo para assumir as funções até que o mandatário retornasse ao país - ele havia viajado no dia anterior para a Rússia.

Após a notícia da licença imposta a Campello pelo Conselho Deliberativo, a presidência posicionou-se. Em documento datado no dia 25 de junho, segunda-feira, o presidente indicou João Marcos Gomes Amorim para representá-lo na qualidade de Presidente Administrativo do Vasco, entre os dias 25 de junho e 17 de julho, data final da Copa do Mundo.

Roberto Monteiro Soares afirma que tal documento não estava na Secretária do clube na terça, dia 26, quando foi protocolar a licença de Alexandre Campello e perguntou se havia algo endereçado ao presidente do Conselho Deliberativo.

Logo depois, o Vasco publicou nota em seu site oficial afirmando que Campello está em uma viagem institucional à Rússia, a convite da CBF. Desta forma, encontrava-se "no pleno exercício de suas funções, não estando, portanto, licenciado do cargo e muito menos impedido." Para assuntos administrativos, reforçou a nomeação de João Marcos Gomes Amorim, VP de Finanças, como seu representante.

A nota - assinada pela presidência - também reforçou que o "Club de Regatas Vasco da Gama não reconhece a nomeação do 1º Vice-Presidente Geral, Elói Ferreira de Araújo, como presidente interino" e diz que a "Presidência do Conselho Deliberativo não tem poder para um ato desta natureza".

Na sexta-feira, Roberto Monteiro registrou uma ocorrência de invasão de sua sala em São Januário com a retirada de alguns documentos - atas e listas de presença em reuniões do Conselho. Um dos citados no B.O. é Diego Carvalho, VP de Comunicação do Vasco.

Segundo o presidente do Conselho Deliberativo, a chave foi mudada e até a placa de identificação da porta foi retirada. Para Monteiro, a ação foi uma retaliação de Campello por conta da licença e da nomeação para presidente em exercício Elói Ferreira - oposição da presidência - alegando vacância de poder.