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Funcionários da sede do Botafogo não vão trabalhar por falta de dinheiro

04/09/2019 11h07

O buraco está cada vez mais fundo. O Botafogo vive uma crise financeira e acumula dívidas, o que acaba refletindo em seus funcionários, tanto da sede de General Severiano quanto do Estádio Nilton Santos, e jogadores, prestes a completar dois meses sem receber salários.

Até por receberem uma quantia menor que um atleta, a situação dos funcionários é a pior. Na última segunda-feira, alguns trabalhadores da sede social do Botafogo não foram ao serviço por falta de dinheiro de passagem. Os que foram, por sua vez, pagaram pelo transporte do próprio bolso, como vem acontecendo nos últimos dias.

Não há perspectiva de melhora. Os funcionários acumulam dívidas e mais dívidas e a fonte está secando. Além da questão das passagens, o Botafogo também não fornece recursos no quesito da alimentação: no último mês, o clube colocou entre 15 e 50 reais no cartão de vale-refeição dos funcionários, o que dá uma média de R$ 0,50 a R$ 1,60 para serem gastos por dia - levando em consideração um mês com 30 dias.

Sem nenhum tipo de resposta vinda da diretoria, os funcionários estão "no escuro" em General Severiano. Internamente, os trabalhadores estão incomodados com as condições precárias que vem sendo apresentadas. Na próxima sexta-feira, o Botafogo vai completar dois meses de salários atrasados com atletas do time profissional e funcionários - além disto, alguns jogadores possuem três meses de direitos de imagem em débito.

Outro fator que incomoda os funcionários envolve um membro da diretoria. Luis Fernando Santos, vice-presidente executivo do Botafogo, viajou para o exterior na última semana. Os membros da sede de General Severiano ficaram chateados porque, na visão deles, não existe a possibilidade de um dirigente sair do país com as contas do clube em um atraso tão gritante. De fato, esta viagem gerou um incômodo generalizado entre eles.

Na última terça-feira, a água do Estádio Nilton Santos foi cortada por falta de pagamento. O Botafogo contou com a ajuda de Carlos Augusto Montenegro, ex-presidente, para quitar três contas atrasadas junto à CEDAE para normalizar a situação.

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