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Corintiano envolvido em confusão no futsal se diz engasgado e detona juiz

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

26/11/2014 12h53

Artilheiro do Corinthians e da Liga Futsal, com 17 gols, o pivô Simi ainda não conseguiu digerir o que aconteceu no Parque São Jorge na noite de terça-feira. Em partida pela semifinal da Liga Futsal, o time alvinegro sofreu um gol a 1s3 do fim da prorrogação e acabou eliminado nesta fase pela quinta vez consecutiva. Irritado, o jogador da seleção brasileira partiu para cima do árbitro alegando irregularidades no lance do gol de Dieguinho, que deu a vitória ao Orlândia por 3 a 2. Imagens mostram Simi tentando agredir o juiz Flávio Marques.

“Eu não agredi o árbitro, apenas o segurei pela camisa. Nessa hora não tem como explicar o que passa pela cabeça. Estou no Corinthians há seis anos e perdi cinco semifinais. Em uma, faltavam seis segundos para acabar o jogo, na outra 13, e agora menos de dois segundos. É muito doído. Mas não teve agressão nenhuma. Tenho certeza disso. Quem está me criticando não são corintianos. Quem me critica, não sabe o que é vestir a camisa do Corinthians”, afirmou o jogador em entrevista ao UOL Esporte.

Simi, que anotou dois gols no duelo, demonstrou muita irritação com a atitude do árbitro, que segundo ele prejudicou o Corinthians ao longo de toda a partida.

“No último lance, fizemos uma falta para tentar parar o jogo e ele deixou seguir. Antes do gol, a bola resvalou na mão do Dieguinho e ele não apitou. Foi por isso que fui para cima dele, para tentar fazer alguma coisa, ver se ele mudava a marcação. Mas não foi apenas isso. Durante todo o jogo ele esteve mal intencionado, com uma atitude muito ruim. Ele deu cartão amarelo para todo nosso banco. Não estou tirando mérito do Orlândia, mas erro de árbitro é difícil de aceitar”, disse Simi.

Após o jogador e o goleiro Deivd partirem para cima do juiz, vários torcedores invadiram a quadra, obrigando o árbitro a encerrar a partida.

“A reação da torcida não foi por causa disso, mas sim pelo que aconteceu ao longo de toda a partida. Minha reação não motivou nada”, defende-se Simi.
Após o juiz decretar o fim do jogo, os atletas do Orlândia foram ao vestiário e tiveram de ficar lá por cerca de duas horas, até que os seguranças e policiais militares conseguissem acalmar os ânimos dos torcedores.

“Nós não tivemos nenhum problema depois do jogo. Apenas aguardamos a situação acalmar e a polícia conseguir evacuar todos os torcedores. Tomamos um banho com calma e deixamos o ginásio por volta das 2h”, disse Carlos Silva, diretor do Orlândia.

Procurada pela reportagem, a Confederação Brasileira de futsal (CBFS) afirmou que só se manifestará após receber a súmula da partida, o que acontecerá ainda na tarde desta quarta-feira.

O árbitro Flávio Marques não quis dar detalhes sobre o documento que será encaminhado a CBFS, nem responder às acusações de Simi.

" Não posso dar declaração sobre o que aconteceu. Eu tenho as minhas opiniões, tenho os meus pensamentos na história. O relatório já foi encaminhado e agora todas as medidas serão tomadas pela CBFS", afirmou.

Colaborou Vanderlei Lima