Argentina surpreende favorita Rússia e é campeã da Copa do Mundo de futsal
“Intrusa” entre as potências do futsal que chegaram na semifinal da Copa do Mundo, a Argentina sai da Colômbia acima de qualquer favorita. Neste sábado, a jovem seleção surpreendeu diante da Rússia, fez valer sua força defensiva e venceu por 5 a 4, conquistando o título inédito da competição.
O resultado, com gols de Vaporaki (2), Cuzzolino e Brandi (2), coroa uma campanha marcada pela eficiência na marcação e ousadia diante de times mais poderosos. No caminho para a final, o maior obstáculo havia sido Portugal, do melhor do mundo Ricardinho, atropelado por 5 a 2.
Ao todo, foram apenas 11 gols sofridos ao longo da competição, índice baixo para um esporte em que placares elásticos não são raros. E o capítulo final foi justamente diante do melhor ataque. Com os brasileiros naturalizados Robinho, Rômulo e Eder Lima, a Rússia chegou à final com média de 5,6 gols marcados por partida.
Só que o início do jogo não demorou a mostrar que a história da final seria diferente. Uma Argentina recuada e de olho nos contra-ataques travou a Rússia, que não conseguia atacar. Quando Eder Lima abriu o placar, os sul-americanos reagiram. Vaporaki, em uma bobeira dos europeus, e Cuzzolino, em um tiro de dez metros, garantiram uma vantagem que não seria mais abandonada.
Com folga no placar, a Argentina cozinhou o jogo como pôde e não se desesperou. Quando Eder Lima empatou para a Rússia, Brandi demorou menos de dois minutos para recolocar os sul-americanos na frente e ainda ampliar. O 4 a 2, mesmo com mais da metade do segundo tempo pela frente, garantiria uma folga fundamental para o título, e nem o goleiro-linha russo na reta final mudou esse cenário. Pelo contrário.
A dois minutos do fim, Vaporaki tomou a bola na quadra de defesa, viu o goleiro fora e arriscou de longe para ampliar. Lyskov e Eder Lima deram um calor nos segundos finais, mas não conseguiram evitar a derrota russa.
É o primeiro título da Argentina na história e a primeira vez que o campeão não é Brasil ou Espanha, as duas maiores potências do esporte. No adeus de Falcão, a seleção verde-amarela amargou uma eliminação nos pênaltis para o Irã nas oitavas de final.
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