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Daiane adia aposentadoria após 8ª cirurgia e quer competir até o fim do ano

Daiane dos Santos sai de cadeira rodas do hospital após passar por artroscopia - Luiza Oliveira/UOL
Daiane dos Santos sai de cadeira rodas do hospital após passar por artroscopia Imagem: Luiza Oliveira/UOL

Luiza Oliveira

Do UOL, em São Paulo

04/09/2012 18h42

Daiane dos Santos está no fim da carreira e sofre com lesões, mas não quer deixar o esporte. Após passar por uma cirurgia no joelho esquerdo nesta terça-feira - a oitava da carreira, a ginasta adiou a aposentadoria e disse que ainda quer competir até o fim do ano.

Daiane havia revelado ao jornal Extra que a descoberta de uma nova lesão após os Jogos Olímpicos de Londres e a necessidade de uma artroscopia a fizeram encerrar a carreira antes do término de seu contrato com o clube Pinheiros, em dezembro.

Ao ganhar alta no hospital Samaritano na tarde desta terça-feira, em São Paulo, o discurso foi diferente. Ela disse que pretende cumprir seu contrato e ainda pode disputar o Sul-Americano e uma etapa da Copa do Mundo de ginástica.

"Ainda fico no Pinheiros, continuo treinando. Se aparecer uma competição eu vou. Se eu tiver disponibilidade, se estiver bem, vou representar o Pinheiros. Pena que não pude estar no Campeonato Brasileiro. Queria muito", lamentou.

"Neste ano ainda tem Copa do Mundo e eu não sei quem vai, tem Sul-Americano. Mas ouvi dizer que talvez fossem as meninas mais novas em função do novo ciclo. Acho que vai depender da competição que tiver, da performance. Ainda terei que esperar um mês para o joelho cicatrizar”, disse.

Nesta terça-feira, Daiane foi submetida à oitava cirurgia da carreira, sendo a segunda no joelho esquerdo. A primeira havia sido em 2001 para a reconstrução do tendão patelar do joelho esquerdo.

Em mais de uma década de carreira, Daiane, que teve a música "Brasileirinho" como tema de sua apresentação mais famosa, liderou o ranking mundial de solo durante anos, venceu etapas de Copas e Supercopas do Mundo e foi a primeira atleta do país a conquistar um título mundial na ginástica e a dar nome a um movimento da modalidade.

Entretanto, sempre conviveu com inúmeras lesões e, em suas três Olimpíadas, passou em branco. Nas finais de Atenas-2004 e Pequim-2008, não confirmou o favoritismo e terminou em quinto e sexto lugar, respectivamente. Já em Londres-2012, sequer passou das eliminatórias.