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CBG se confunde ao inscrever ginasta brasileira e culpa sistema online

Hector Guerrero/AFP
Imagem: Hector Guerrero/AFP

Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

26/09/2014 17h50

A participação rápida de Angélica Kvieczynski, melhor brasileira na ginástica rítmica, no Mundial da Turquia ocorreu por um erro envolvendo um sistema online de inscrições. Segundo Cristina Vidal, coordenadora da modalidade na Confederação Brasileira de Ginástica, a brasileira deveria se apresentar em quatro provas, mas acabou limitada a duas por restrições ao número de rotinas que cada país poderia apresentar, um limite estabelecido neste ano.

“A limitação é de dez séries para cada país. Mas tínhamos 12 (quatro para cada atleta). Não tivemos problema anteriormente, mas quando pedi para que fizessem a inscrição, esqueci do limite. Foi feita a inscrição decrescente. Com a Andressa (Jardim) e a Natália (Gáudio), tudo correu normalmente, mas quando foi a vez da Angélica, não conseguimos inscrevê-la em todas as provas”, falou a coordenara ao UOL Esporte, por telefone.

A delegação brasileira percebeu o problema imediatamente e tentou a mudança. A organização do campeonato, porém, não aceitou a alteração nas inscrições – a aposta da CBG é que, depois do problema no Mundial, o sistema de inscrição online seja revisto, para permitir mudanças.

“Conversamos com a Angélica assim que soubemos que não poderia ser feita a mudança. É claro que ela ficou decepcionada, mas entendeu o que aconteceu. Esse Mundial não contava para a classificação e sua luta por uma vaga nas Olimpíadas segue sem nenhum problema. E o principal objetivo da temporada era o Pan-Americano e, lá, ela conseguiu a vaga nos Jogos Pan-Americanos, que era o mais importante”, completou Cristina.

A atleta disse que já está conformada com o que aconteceu. “Inicialmente, eu fiquei bastante triste. Nunca é legal treinar o ano inteiro para um campeonato e não participar de tudo aquilo que estava previsto. Mas eu entendi o que aconteceu. A Confederação se desculpou e já estou focada no ano que vem”, afirmou a atleta, em entrevista para a TV Globo.

Angélica era o principal nome da equipe que disputou as provas individuais de ginástica rítmica no Mundial de Ismir, na Turquia. Com o problema, no entanto, participou de apenas dois aparelhos, o arco (terminou em 35º lugar) e a bola (ficou em 38º). Nos dois, foi melhor do que as outras atletas da equipe brasileira. Andressa Jardim foi 66ª no arco e 68ª na bola. Natália Gaudio foi a 67ª nas duas.

Como não se apresentou na maça e nas fitas, Angélica ficou fora do individual geral. Nele, Andressa, em seu primeiro Mundial, ficou em 53º lugar e Natália foi a 55ª. Na soma da pontuação das equipes, o Brasil terminou em 20º lugar, entre 32 equipes.

"A Andressa estreou muito bem e deu conta de lidar com a responsabilidade e a pressão que é participar de um Mundial. A Angélica fez bem os dois aparelhos que disputou e conquistou boas notas. A Natália evoluiu bastante, principalmente em termos técnicos e coreográficos", analisou Monika Queiroz, uma das técnicas da equipe.

No sábado, está programa a classificatória da disputa por equipes.