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Laís Souza é aplaudida de pé na Globo e diz que sonho é tomar banho sozinha

Laís Souza participou do programa Altas Horas e foi aplaudida de pé - Reprodução
Laís Souza participou do programa Altas Horas e foi aplaudida de pé Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

08/02/2015 10h30

Laís Souza está na competição da sua vida, como ela mesmo define. A ex-ginasta luta para recuperar os movimentos depois de ficar tetraplégica em um acidente de ski em um treino preparatório para as Olimpíadas de Inverno. Hoje, ela dá outro valor à vida e tem sonhos muitos mais simples como tomar banho sozinha.

“Antes eu sonhava com uma casa, um carro, uma medalha. Hoje meus sonhos mudaram. Tenho sonhos menores, mas mais difíceis de alcançar. Eu diria que hoje meu sonho é tomar banho. Tomar um bom banho sozinha”.

Laís deu a declaração em participação no programa global Altas Horas na madrugada deste domingo. Ela impressionou com sua força e motivação. Ao final, foi aplaudida de pé pelos convidados e pelo público.

Apesar das dificuldades, Laís ainda esbanjou bom humor ao brincar que sua cadeira faz até suco de laranja e também na hora de comentar a 'corujice' da mãe, dona Odete, que também estava na plateia.

A ex-atleta contou como mantém a motivação de lutar para melhorar sua condição. “Não estou sempre bem, às vezes estou mal. Fico com preocupação de salvar o dia. Se eu estou mal de manhã, tento fazer o melhor que eu posso até que eu recupere esse dia. Eu acho que a cabeça manda e o que você fala também manda, o que você fala manda para o universo e volta com energia positiva para você”.

Agora em sua nova condição de vida, Laís tenta mentalizar que está em movimento e gosta de assistir a si mesma nas competições de ginástica para ajudar o cérebro a fazer novas conexões. Ela diz que a fé e um estudo com células tronco a fazem manter as esperanças de que irá se movimentar novamente. 

“O processo comigo está sendo um pouco diferente porque eu entrei num estudo de células tronco que hoje é uma grande chave para mim, tem me trazido muita motivação para continuar animada, guerreira, todos os dias fazendo fisioterapia, e esse processo não para não. Você se esforçando, tentando conectar o cérebro com o corpo, isso nunca para. Vejo pessoas que depois de quatro meses voltaram a mexer a mão, o pé e daqui a um ano estão melhor ainda. A crença, o poder de acreditar, nunca tem que parar”.