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Ginasta campeã mundial admite ser delatora em caso de assédio nos EUA

A ginasta norte-americana Maggie Nichols - Dilip Vishwanat/Getty Images
A ginasta norte-americana Maggie Nichols Imagem: Dilip Vishwanat/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

09/01/2018 16h46

Campeã mundial em 2015, Maggie Nichols admitiu nesta terça-feira (9) ser a "Atleta A", citada como a primeira ginasta a fazer denúncia de assédio sexual contra Larry Nassar, ex-médico da equipe de ginástica artística dos Estados Unidos, em investigação que o levou a ser condenado a 60 anos de prisão, em dezembro.

O depoimento dela desencadeou mais de cem acusações de ginastas e ex-ginastas contra Nassar, que ainda tem denúncias similares a serem julgadas em outros condados norte-americanos.

"Até agora, eu era identificada como a 'Atleta A' pela USA Gymnastics [Federação Americana de Ginástica], pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos e pela Universidade de Michigan. Quero que todo mundo saiba que ele [Nassar] não fez isso com a 'Atleta A', e sim com Maggie  Nichols", afirmou a ginasta em comunicado divulgado pelo escritório de advocacia que a defende.

Em 2015, a técnica de Nichols, Sarah Jantzi, escutou a ginasta revelando a uma colega de treino o que acontecia nas consultas que vinha fazendo com Nassar e reportou o caso à USA Gymnastics , que solicitou um depoimento semanas depois. Outras duas ginastas de elite do país, Aly  Raisman e McKayla  Maroney, fizeram acusações semelhantes de abuso sexual, o que motivou a entidade a convocar o FBI. a polícia federal dos Estados Unidos, para investigar o caso.

Maggie Nichols conquistou a medalha de ouro por equipes e o bronze no solo do Mundial de 2015, em Glasgowl, na Escócia, mas ficou fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, devido a uma lesão no joelho.