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Médico diz que Dani Piedade não terá sequelas e volta a jogar em 3 meses após sofrer AVC

Dani Piedade sofreu um AVC antes de jogo de sua equipe no fim de setembro - Cinara Piccolo / Photo&Grafia
Dani Piedade sofreu um AVC antes de jogo de sua equipe no fim de setembro Imagem: Cinara Piccolo / Photo&Grafia

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

12/10/2012 06h00

Dani Piedade, pivô da seleção brasileira de handebol, deu um susto no dia 29 de setembro ao sofrer um AVCI (Acidente Vascular Cerebral Isquêmico) durante o aquecimento de sua equipe, Krim Ljubljana, da Eslovênia. Quase duas semanas depois, o quadro é bem mais animador. Segundo Leandro Gregorut, médico da seleção, a jogadora já recuperou 100% dos movimentos motores e não terá sequelas.

A expectativa é que em breve a atleta seja liberada pela equipe para viajar ao Brasil, a pedido de Gregorut, para ser submetida a novos exames e tentar descobrir a causa do AVC. Caso nenhum problema seja encontrado, o que é provável, já que exames anteriores nada apontaram, Dani Piedade poderá voltar às quadras para treinar dentro de três meses. 

"Ela não vai voltar para a quadra imediatamente. Não pode, pois há um contato, etc. Não achando a causa, ela terá que tomar anticoagulante durante três meses. Depois disso, vai aos poucos retornando para as atividades de quadra. Ela já voltou a ter os movimentos normais do corpo e isso é uma garantia de que não haverá qualquer tipo de sequela. Hoje ela não corre risco de ter de parar de jogar", afirmou o médico ao UOL Esporte

Atualmente, o único déficit da jogadora é na fala. Na tarde desta quinta-feira, a reportagem do UOL Esporte tentou contato com Dani. Ela atendeu o telefone, mas mostrou bastante dificuldade para se expressar, apesar de entender o que era dito.

Segundo Leandro Gregorut, esse quadro chama-se afasia, e ocorre pois Dani teve afetada uma área que fica próxima da região responsável pela fala e movimento do corpo. O segundo já está normalizado. Mas a fala só se normalizará dentro de ao menos duas semanas.

"Este quadro evoluiu bastante nesta semana. Falei com ela na terça-feira, e ela conseguiu falar melhor. Quando ela para e pensa, não consegue ainda se expressar bem. Esse quadro é um pouco mais demorado para normalizar, leva cerca de um mês para passar. Mas não é uma sequela. É algo normal, já que a Dani ainda está na fase de medicação e de melhora", minimizou o médico.