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UFC on FOX

Tudo sobre a edição de 12/11 com luta pelo título dos pesados

Divulgação
Júnior Cigano (e) posa ao lado do campeão Cain Velásquez antes da luta desta noite

Júnior Cigano (e) posa ao lado do campeão Cain Velásquez antes da luta desta noite

12/11/2011 - 06h00

Ofuscado por TVs e Galvão, Cigano faz "maior luta do UFC" pelo seu 1º título

Maurício Dehò
Em São Paulo

Desde o início, ainda sob o mais agressivo nome de vale-tudo, o MMA (sigla para artes marciais mistas) luta para deixar as barreiras do preconceito e atingir o grande público. O crescimento foi lento e, com a evolução do UFC, maior evento da modalidade, isso se torna realidade neste sábado. O símbolo disso é a chegada às TVs abertas (FOX nos EUA, e Globo no Brasil, com direito a narração de Galvão Bueno), que darão chance à formação de um novo público. Para os brasileiros, há ainda um detalhe especial em jogo: o catarinense Júnior Cigano será protagonista da noite, tentando tomar o cinturão dos pesos pesados do norte-americano Cain Velásquez.

A combinação de todos estes fatores em Anaheim (EUA), às 0h25 na madrugada de sábado para domingo, fez com que o presidente do Ultimate, Dana White, considerasse esta luta como a maior da história. Em um país em que locais como Nova York ainda proíbem o MMA, o chefão já admitiu nervosismo para entregar um espetáculo. E, segundo ele, Cigano e Velásquez são os lutadores mais aptos a dar show no momento mais importante, quando apenas eles e o árbitro estiverem no octógono.

“Sem dúvida, esta é a maior luta na história do UFC. Este esporte começou pequeno e lentamente foi crescendo. Hoje somos os maiores vendedores de pay-per-views, estamos nas arenas, mas este fim de semana muita gente que nunca nos viu vai poder assistir pela primeira vez. E são esses caras os mais indicados para isso”, disse Dana. “Se eu tivesse todos os nossos lutadores descansados e sem lesões, ainda escolheria estes dois para o UFC on FOX."

O comentário faz todo sentido, a começar pela categoria: os pesados. Os dois “gigantes” estão invictos dentro da organização, sendo que Velásquez nunca perdeu na carreira, e Cigano só teve um revés até hoje, antes de entrar no UFC. E, como ambos são conhecidos pelo poder de nocaute, a expectativa é de um combate imprevisível - a torcida da organização é de que dure pelo menos um rounds, para não frustrar os patrocinadores com pouco tempo de exposição.

Lutadores negam pressão e preveem guerra pelo título

Mesmo com o peso de terem de fazer uma grande luta devido aos fatores externos envolvidos neste UFC on FOX, tanto o norte-americano Velásquez quanto o brasileiro Cigano mostraram confiança em deixar a pressão de lado e se disseram em forma para suportar uma guerra de cinco rounds - ainda que poucos apostem que o combate dure até o fim dos 25 minutos.

Dentro do octógono, é esperado que Cigano aposte no boxe, modalidade no qual ele provou ser especialista, com oito nocautes em 13 vitórias. Cria de Luis Dórea, que foi técnico do ex-campeão mundial Popó, ele terá de tomar cuidado com a habilidade no wrestling do atual campeão, que deve tentar jogá-lo na lona para tentar castigar no ground and pound.

“Sempre espero decidir no nocaute, mas não posso contar com isso. Estou preparado fisicamente para lutar cinco rounds, sendo em pé ou no chão”, afirmou Cigano, que em sua preparação contou com estrelas como Minotauro e especialistas em diversas artes, como o wrestling - para anular Velásquez -, muay thai e jiu-jítsu, além do boxe.

Em sua última luta, quando venceu Shane Carwin, o catarinense de 27 anos mostrou evolução no seu jogo como um todo, e vem embalado para repetir um cinturão que já foi de Rodrigo Minotauro, um de seus mestres no MMA.

Velásquez, por outro lado, não entra no octógono do UFC desde outubro de 2010, quando conquistou o cinturão contra Brock Lesnar. O norte-americano de origem mexicana terá torcida a favor em Anaheim para provar não está enferrujado e que a cirurgia no ombro que o afastou dos combates não o afetará em sua primeira defesa.

Pode ser também a primeira vez que Velásquez terá seu queixo testado, uma vez que seus rivais nunca o colocaram em risco durante sua carreira invicta de nove lutas.

“Estou animado em voltar depois de tanto tempo. Sempre competi contra caras grandes, desde os tempos de wrestling e posso me dar bem contra Cigano”, afirmou ele, sobre o brasileiro de 1,96 m - onze centímetros mais alto. Diferentemente do desafiante, o norte-americano não prevê um duelo encerrado rapidamente. “Acho que será uma guerra de cinco rounds e vim pronto para isso.”

Caso seja campeão, Júnior Cigano se juntará a outros dois brasileiros detém cinturões do Ultimate Fighting Championship: Anderson Silva, entre os médios, e José Aldo, peso pena.

Júnior Cigano
Júnior Cigano

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