Colecionador de 'boladas', brasileiro do UFC 146 as guarda para dar casa aos pais

É difícil não se lembrar daquele chute rodado de Edson Barboza no UFC 142, no Rio. O surpreendente golpe que nocauteou Terry Etim lhe rendeu uma bolada, com um bônus de melhor nocaute da noite e um acréscimo de R$ 115 mil em sua conta bancária – e outros R$ 115 mil pela melhor luta da noite.

Estes bônus, aliás, viraram uma especialidade de Edson. Suas últimas três lutas foram agraciadas como as melhores da noite e ele ainda teve este nocaute somando mais uma graninha. Neste sábado, na edição 146, ele tentará a sorte novamente

“Acho que isso acontece porque eu sempre vou para guerrear. Não subo no octógono só para executar uma estratégia e vencer. Eu gosto de dar show”, afirmou o brasileiro, da categoria leve, que encara Jamie Varner, ex-campeão do WEC.

Edson mora há três anos nos Estados Unidos e, apesar de ter ganhado uma boa quantia do UFC com seus combates movimentados, afirma que não gastou nada de suas boladas. Segundo ele, está tudo guardado para comprar uma casa para seus pais.

“Eu ainda não fiz uso desses bônus. Tive uma infância simples, e meu sonho sempre foi poder dar uma casa para os meus pais. Quem sabe não vem mais um bônus e eu posso tornar isso realidade. Mas é claro que não dá para contar com isso, como o próprio nome diz, acontece naturalmente e vem como um bônus”, explicou ele, invicto no MMA com dez vitórias

Apesar de negar que tenha passado dificuldades na infância, o lutador dormia com a família em um só cômodo por boa parte de sua vida. “Mas nunca faltou nada. Eu não considero isso passar dificuldade”, relembrou, mostrando uma visão otimista.

O brasileiro iniciou a carreira como lutador de muay thai, em que ganhou grande destaque. Seu sonho não era o UFC, mas o K-1, tradicional competição de luta em pé. O futuro, no entanto, o levou a tentar a sorte no MMA e a mudar de objetivo, agora para o cinturão que está nas mãos de Ben Henderson.

Edson Barboza está no card preliminar do UFC 146, neste sábado, em Las Vegas. O card principal tem apenas pesos pesados, algo inédito no evento. O destaque é a primeira defesa de cinturão de Júnior Cigano, contra o norte-americano Frank Mir.