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Lyoto sugere desempate com Shogun em reality show do UFC e se diz pronto para recomeço

Lyoto Machida (e) quer revanche com Maurício Shogun por volta ao topo - UFC/Divulgação
Lyoto Machida (e) quer revanche com Maurício Shogun por volta ao topo Imagem: UFC/Divulgação

Mauricio Dehò

Em Manaus (AM)

04/04/2012 06h00

Campeão do UFC em 2009, o brasileiro Lyoto Machida segue entre os melhores nomes dos meio-pesados, mas novamente terá de subir degrau por degrau a escalada até uma nova chance pelo cinturão. Mesmo tendo dado trabalho a Jon Jones na luta pelo título no fim de 2011, o revés faz com que o carateca enfrente um recomeço, mas aberto a grandes possibilidades.

E o "Dragão" sonha alto. Lyoto teve contra Maurício Shogun dois combates no UFC, com uma vitória apertada e a derrota em que perdeu o cinturão dos meio-pesados. Para ele, a hora de desempatar o retrospecto se aproxima, e sugere concretizar um terceiro combate com estilo: em um desafio de técnicos de uma próxima edição do reality show The Ultimate Fighter.

Antes desse plano a longo prazo, Lyoto ainda não tem data ou rival para retornar ao octógono após o duelo com Jones. Se depender dele, o primeiro compromisso poderia ser participar do que promete ser a maior edição do Ultimate Fighting Championship da história, em junho, no Engenhão, uma vontade de quase todos os lutadores brasileiros, mas um privilégio para poucos.

Lyoto falou sobre esses e outros assuntos durante visita a Manaus para assistir ao segundo Amazon Forest Combat (AFC). Confira o papo com o UOL Esporte:

Você deu trabalho a Jon Jones, mas com o revés vai precisar voltar aos primeiros degraus para ter uma nova chance pelo cinturão. Como encara esse desafio novamente?
É um recomeço, e eu sei que nunca é fácil subir de novo. Estou buscando minha evolução nos treinos, para melhorar cada vez mais. Desde que cheguei ao UFC estou aqui para brigar pelo cinturão lá em cima. Vou ter muito trabalho pela frente, mas vamos ver aí como as coisas se desenrolam.

Muitos lutadores têm feito campanha para lutar o UFC Rio. É um dos seus interesses?
Se precisar, estamos aí (risos). Eu estou tranquilo, mas é claro que gostaria muito de lutar no card do Engenhão, seria uma ótima forma para abrir este recomeço.

Você e o Maurício Shogun tiveram uma rivalidade interessante no UFC. Você acha que pode ser hora de desempatar o confronto?
Eu acho que seria sim uma boa hora de uma terceira luta contra o Shogun. Mas quem sabe esse duelo não possa ser guardado para uma coisa maior, um reality show... Renderia até mais, acho que essa luta pode sair com um apelo maior.

Você se vê com o perfil de virar um técnico do TUF?
Com certeza, seria uma grande oportunidade para mim.

Alguns possíveis rivais foram cogitados, como o vencedor da luta principal na Suécia (Alexander Gustafsson x Thiago Silva), ou Ryan Bader. Tem alguém que te interesse em especial?
Eu acredito que posso enfrentar qualquer um que esteja no top 10. Até agora ninguém fechou nada, e tenho de aguardar quais serão as alternativas.

Mas e o fato de Dan Henderson ter rejeitado uma luta com você, para esperar por um combate por cinturão?
Eu entendo a posição do Dan Henderson. Estamos em um esporte em que existe respeito e profissionalismo. Sei que ele está em busca do título e acho que não quis arriscar neste momento da carreira dele a chance de perder essa oportunidade. Então, é compreensível.

Como está a preparação para voltar a lutar, mesmo sem rival definido?
Eu já estou treinando normalmente. Logo depois da luta eu realizei uma cirurgia no cotovelo, mas já recomecei a trabalhar ilimitadamente. Agora o treino está completo e estou tentando me preparar da melhor forma possível, apesar de não ter rival ou data para a luta.