Bicampeão em TUF gringo, Minotauro se vê em vantagem sobre Werdum

O veterano Rodrigo Minotauro já passou por quase tudo que um lutador de MMA pode viver. E, surpreendentemente, até ser técnico do TUF Brasil 2, o reality show do UFC, não chega como novidade. Isso porque o ex-campeão do UFC e do Pride já participou de uma edição do programa, mas no exterior. Mais que isso, como técnico o baiano foi perfeito: fez dois de seus pupilos campeões nas duas categorias em disputa. E é essa experiência e esse “olho treinado” que ele vê como vantagem para bater seu novo rival no papel de treinador, Fabrício Werdum.

Minotauro foi técnico da oitava temporada do TUF nos Estados Unidos, em um duelo com Frank Mir. Naquela ocasião, foram disputados contratos com UFC nas categorias leve e meio-pesado. E em ambas o brasileiro levou a melhor.

“Naquela vez, vi que o Efrain Escudero (peso leve) e o Ryan Bader (meio-pesado) eram os melhores caras. Eu estava em cima do octógono, assistindo a eles treinarem lá embaixo na academia. Falei: ‘olha só, tá vendo aqueles dois, são os mais focados’. E foram eles quem escolhi e que foram campeões”, relembra o brasileiro.

Minotauro detalhe: “Minha experiência é a de que você não escolhe quem faz a melhor luta. O casamento das lutas, depois é subjetivo. Prefiro pegar caras de coração, que eu vejo que farão grandes lutas. Caras que podem virar um combate, que dão o sangue. Um lutador esforçado, que trabalha bastante, tem coração e sabe usar um plano de luta pode bater um rival que é mais talentoso”.

O baiano não pode dar detalhes sobre o que acontecerá no programa - o contrato dos técnicos, lutadores e de toda a equipe de produção prega sigilo absoluto -, mas ele conta que os nomes escolhidos a participar do reality renderam bons momentos, seja na parte esportiva ou nos momentos mais “BBB”, nos treinos e na convivência na mansão do TUF.

“São bons lutadores, caras que são os melhores do circuito nacional”, diz Minotauro, sobre os 28 nomes que brigarão nos dois primeiros episódios pelas 14 vagas na casa do reality. “Tem muita gente com personalidade bacana. Bons de luta, mas também com personalidade forte, que é importante para o programa. Vai ser bem legal.”

Cutucada no rival: ‘mais completo, mas o jiu-jítsu não está tão afiado’

Mesmo com o bom momento de Fabrício Werdum no UFC, Minotauro mostra confiança para o duelo que terá com o gaúcho ao final do programa, em 8 de junho. Com uma cutucada, ele nega que seja uma luta “complicada”.

“Não acho complicada, é uma luta dura, mas vamos trabalhar, traçar uma boa estratégia”, afirma o baiano, que enfrentou Werdum em 2006, no Pride, e venceu o compatriota por pontos naquela ocasião.

Minotauro vem de vitória contra Dave Herman no UFC Rio 3. Já Werdum vem embalado por vitórias contra Roy Nelson e Mike Russow e isso o colocou bem na fila pelo cinturão dos pesos pesados.

“O Werdum está melhor mesmo na trocação, está mais sólido. Ele não é mais só o cara do jiu-jítsu, como era. Ele ficou mais completo, mas vejo que o jiu-jítsu já não está tão afiado”, analisou Minotauro, citando uma arte que ambos têm como especialidade e são faixa preta.