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Maconha, briga e 'canos' no UFC: as tretas de Nick Diaz, desafiante de GSP

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

16/03/2013 12h00

Se tudo der certo, neste sábado Nick Diaz terá sua chance para conquistar o cinturão dos meio-médios, de Georges St-Pierre, no UFC 158. Mas, como dito, se tudo der certo. De uma figura polêmica como o norte-americano, pode se esperar qualquer coisa, inclusive que ele não apareça para entrar no octógono em Montréal. O número de confusões e problemas causados pelo ex-campeão do Strikeforce é tão extenso, que preparamos uma lista para resumir esta “ficha corrida”.

Do uso assumido de maconha - e flagras em doping - a brigas e discussões, Nick Diaz é conhecido não só pelo talento com os punhos, mas pelo trabalho que dá aos dirigentes para deixar de lado todos os problemas de bastidores e entrar no ringue para cumprir seu trabalho.

Só nestes dias anteriores ao UFC 158, Diaz já fez jus à fama, com sua dose de atitudes condenáveis. A primeira foi quando simplesmente faltou ao treino aberto, o primeiro compromisso público da semana. Como era de se esperar, a direção do Ultimate não gostou nada do acontecido e muito menos da explicação: "Gostaria de ter feito o treino aberto, mas precisava recuperar meu sono”, disse ele, na coletiva de quinta-feira.

A coletiva, por sinal, foi mais um palco das vociferações de Diaz, que não poupou nem o cartaz promocional exposto na sala em que foi sediado o evento. “Olhe para a minha foto no pôster: acho que eles poderiam fazer algo muito melhor. Essa foto minha é de anos atrás, eles devem ter tido muito trabalho no Photoshop. Fico chateado sim, porque tentam me apresentar como o vilão”, afirmou ele. Confira seu histórico de tretas: 

A maconha: 'saudável pra caramba'

  • Reprodução/Twitter

    Nick Diaz é um usuário de maconha e não esconde isso de ninguém, seja falando no tema, ou até postando fotos que indicam seu uso em redes sociais. Mas o problema é que o norte-americano não costuma ser precavido e suspender o uso em épocas de lutas. Tanto que foi flagrado no antidoping do Pride, em 2007, e no UFC, em 2012, logo após perder para Carlos Condit. "Não sou um médico ou a p... de um cientista, mas fumei muita maconha na vida. E, na minha opinião, faz bem pra caramba. Acho que é a coisa mais saudável para quem quer simplesmente ficar de boa por um tempo. Cigarros não, mas maconha expande seus pulmões, você respira bem", defende ele. O problema é que, na coletiva desta quinta, ele disse que não garante que passará no antidoping. Ironia ou verdade?

Bate-boca e ameaça de agressão a GSP

  • Reprodução/Twitter

    A história de ódio entre GSP e Nick Diaz, segundo Dana White, vem desde o UFC 137. Nick Diaz teria perseguido o canadense para iniciar a briga no meio de um hotel, o que deixou o atual campeão irritado até hoje com a atitude. Eles também tiveram uma enorme discussão em uma teleconferência cerca de dez dias antes do UFC 158. Por vários minutos, xingamentos, provocações e mais rolaram, sem que ninguém se intrometesse. Diaz acusou GSP de ser mimado e ouviu como resposta que é um "idiota mal educado".

Briga generalizada dentro do ringue no Strikeforce

  • Reprodução

    Nick Diaz também foi um dos protagonistas de um momento embaraçoso no MMA, com uma briga generalizada dentro do ringue do Strikeforce. Em abril de 2010, em Nashville, Jake Shields defendeu o cinturão dos médios contra Dan Henderson. Na entrevista pós-luta, Shields falava quando Jason Miller invadiu o ringue e pediu por uma revanche. Alguns lutadores tentaram esfriar os ânimos. Mas adivinha quem estava no meio e deu o primeiro soco da confusão? Claro, Nick Diaz.

ASSISTA À CONFUSÃO NO STRIKEFORCE:NASHVILLE

Falta a coletiva já o tirou de luta pelo cinturão

  • Reprodução

    Nick Diaz deveria ter enfrentado GSP no UFC 137. Mas só deveria. O combate pelo cinturão do canadense estava marcado e tudo parecia ir bem, até que o norte-americano resolveu faltar a compromissos promocionais do UFC. Diaz chegou a abandonar o cinturão do Strikeforce, mas perdeu voos para participar de uma coletiva de imprensa e Dana White não teve dó: cortou o lutador do evento e o substituiu por Carlos Condit (o combate entre GSP e Condit não chegou a acontecer naquele momento, por conta de uma lesão do campeão).

Aposentadoria precoce ficou na ameaça

  • Sem enfrentar GSP no UFC 137, Nick Diaz venceu BJ Penn e foi escalado para enfrentar Carlos Condit pelo cinturão interino dos meio-médios. Eles duelaram no UFC 143, e o rival venceu por pontos. Descontente com o resultado, em um combate em que se mostrou irritado com o estilo mais defensivo de Condit, ele deixou no ar na entrevista dada ainda em cima do octógono que estava se aposentando, com apenas 28 anos. Mas ficou no papo.

Mais um cano, em superluta de grappling

  • Para fechar a lista Nick Diaz causou outra vez em 2012 ao simplesmente não aparecer para uma superluta. Ele agendou um duelo de grappling contra outro faixa preta de jiu-jítsu, o renomado brasileiro Braulio Estima, na World Jiu-Jitsu Expo, nos Estados Unidos, mas sequer foi ao evento. Estima se disse desrespeitado e ficou furioso após se preparar para o confronto. Já Diaz, no dia seguinte, acusou o brasileiro de não bater o peso combinado e acusou os organizadores de não cumprirem a promessa de doar a renda do evento para caridade.