Wand diz que Sonnen nasceu para ser 2º e reclama por ter legado questionado

Wanderlei Silva já é um veterano no MMA. Longe da disputa do cinturão no UFC, o lutador brasileiro tem se concentrado no que se tornou praticamente uma obsessão: dar uma surra em Chael Sonnen. A luta entre os dois ainda não foi oficializada, mas o “Cachorro Louco” disse ver apelo popular no duelo e fala até em “ensinar bons modos” ao norte-americano.

“É uma luta interessante para o público, pelo fato do nosso espírito não se bater e ter essa rivalidade. Acho tudo isso muito interessante. Vou adorar poder dar uma lição para ele e ensinar bons modos”, explicou o brasileiro ao UOL Esporte por telefone direto dos Estados Unidos, onde vive.

Sempre que falam sobre a luta que ainda não foi confirmada, Wanderlei e Chael não perdem a oportunidade de fazer algum tipo de provocação. Desta vez, o brasileiro ironizou o apelido de “gângster americano” que Sonnen se deu. “Ele se intitula assim porque não conhece o Brasil. Lá temos verdadeiros gângsters, que roubam e não vão presos”.

Wanderlei abandonou a provocação natural das grandes lutas do UFC durante a entrevista em uma oportunidade, quando foi questionado sobre a insinuação que Sonnen fez ao site MMA Fighting de que o brasileiro ganhava as lutas no Pride porque elas eram armadas.

“Ainda bem que ele tem o que falar de mim. Vou falar o que dele? O Pride foi um período grandioso para toda a história do MMA mundial. Os melhores do mundo estavam ali. Fui campeão mundial do Pride por sete anos”, disse um incomodado Wanderlei, para depois emendar,

“Acho que na verdade é um super desrespeito você falar coisas como essa e colocar em dúvida a competência do outro. Legado é legado. A história está escrita uma vez. É uma declaração vinda de um atleta que é segundo lugar desde a época do college [faculdade nos Estados Unidos]. Quem nasceu para ser segundo, nunca vai ser primeiro”.

Wanderlei Silva explicou que não pode lutar neste ano porque sofreu uma lesão no nervo ciático. Mas ele disse que estará livre para entrar no octógono novamente em janeiro. “Tive uma lesão como se fosse hérnia por esforço repetitivo. Curei, depois voltou. É uma coisa que incomoda um pouco, impede de treinar coisas essenciais das lutas. Por isso resolvi tratar bem pra voltar 100%”.

O brasileiro não fala em aposentadoria, e avalia que o seu desempenho no duelo contra Sonnen nos meio-pesados servirá como termômetro para definir o que ele fará no UFC.  “Minha performance fala por si. Tendo boa atuação, conseguindo fazer a performance das últimas lutas, tenho certeza que vou conseguir fazer outras lutas melhores”.

Wanderlei indica ter deixado de lado a ideia de protagonizar revanches de derrotas doídas, como a que sofreu contra Vitor Belfort. Os dois iriam se encontrar novamente no TUF Brasil 1, mas Vitor acabou se machucando e Vanderlei foi derrotado por Rich Frankin na ocasião.

“Tenho convicção que hoje estou bem realizado, fazendo lutas boas. Quem vier eu encaro. Tanto pode ser revanche, como cara novo. Não escolho adversário. Se o povo quiser, o patrão [Dana White] quiser, estou lá para fazer”.