Topo

MMA


Belfort diz que cotovelada deu vitória a Jones e elogia: 'já provou tudo'

Maurício Dehò

Do UOL, em Boca Raton (EUA)

29/09/2013 07h41

Apesar de ser um concorrente ao cinturão dos médios do UFC, Vitor Belfort tem muito a falar sobre o campeão da categoria meio-pesado, o norte-americano Jon Jones. Além de também ter detido o cinturão desta categoria no passado, ele encarou Jones em 2012 e soube o que é ter o astro frente a frente no octógono. O carioca analisou para o UOL Esporte o combate contra Alexander Gustafsson e deu seu veredito quanto ao resultado que causou polêmica após o UFC 165.

“Achei que foi um lutão. Aquela cotovelada (giratória) deu a vitória para o Jones, porque até ali ele estava perdendo. Por ele ser o detentor do cinturão, deram para ele a luta”, opinou Belfort, após um treino na Blackzilians, em Boca Raton, Flórida (EUA).

Questionado sobre como estaria o resultado em suas papeletas, caso trabalhasse como árbitro lateral, Belfort admitiu que daria o combate para Gustafsson, mas acrescentou que um desafiante precisa de uma vitória marcante para tomar o cinturão de um campeão.

“Eu vi três rounds para o Gustafsson, mas o Jon Jones é o campeão, não acho que foi muito contraditório”, afirmou o brasileiro, que se prepara para encarar Dan Henderson no UFC de Goiânia, em 9 de novembro.

No combate realizado no UFC 165, o sueco Gustafsson começou melhor e, além de usar bem sua envergadura e castigar o rosto de Jones, foi o primeiro lutador a derrubar o campeão em toda a sua carreira no UFC. Jones teve um grande momento no quarto round, quando deu uma cotovelada giratória que balançou o desafiante e pressionou até quase conseguir o nocaute. O triunfo veio por pontos.               

“Foi uma luta importante, mas o Jon Jones não tem muito o que provar. Ele já provou tudo. É ele manter seu foco”, elogiou Belfort.

O UOL Esporte visitou antes do UFC 165 a cidade de Albuquerque, onde Jon Jones treina, e o campeão e sua equipe fizeram elogios a Vitor Belfort, que foi citado como o rival mais duro que o norte-americano havia enfrentado até aquele momento. O carioca retribuiu:

“Eu admiro muito o Jon Jones, acho que ele revolucionou o MMA, trouxe um estilo diferente. Ele se supera a cada luta, vence o medo, vence os seus obstáculos, tem um grande camp, um grande técnico, que é o (Greg) Jackson. Ali é uma fábrica de campeões. Eu os admiro muito, eles têm feito muito pelo esporte”.

Apesar de colocar Jones como um dos melhores da atualidade, Belfort deixa claro que o norte-americano está longe de ser invencível. E que as lutas que ele e Lyoto Machida fizeram com ele já provaram isso antes.

“Ali foi o início. Tudo é um processo. Agora alguém tem que ir lá e executar”, concluiu ele, que quase finalizou Jones com uma chave de braço no UFC 152.