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MMA


Shields minimiza torcida, e Demian assume pressão por lutar em casa

Jorge Corrêa e José Ricardo Leite

Do UOL, em Barueri

07/10/2013 14h48

Os grito de "uh, vai morrer" e o fanatismo da torcida brasileira parecem já não assustar tanto os lutadores estrangeiros do UFC que visitam o país para enfrentar os lutadores locais. Já faz mais dois anos que o evento norte-americano voltou a fazer cards no país, e, de lá pra cá, os gringos passaram a estranhar menos a pressão local e até aumentar o número de vitórias contra os brasileiros.

Rival de Demian Maia na principal luta da noite no UFC Barueri, o norte-americano Jake Shields, por exemplo, diminuiu a importância do apoio da torcida aos competidores nacionais.

"Já ouvi falar muito da torcida brasileira e dos gritos de "Uh, Vai Morrer". Mas, sinceramente, sei que eles não fazem por mal. Sei que a os brasileiros são muito apaixonado por seus ídolos, que fazem o mesmo por futebol, é da natureza deles. Não estou preocupado com a pressão porque sei o que vou encontrar. É a quarta vez que venho para cá, tenhos muitos amigos brasileiros do jiu-jítsu, então isso não será um problema", falou. "Isso não me intimida, já passei por várias experiências diferentes."

"Minha preocupação é apenas dentro do octógono, porque tenho um adversário muito duro. Acredito que a luta vá se desenvolver no chão, teremos um combate de grappling em alto nível. Claro que a torcida quer ver mais trocação, uma luta em pé, mas acho que vamos mostrar que é possível desenvolver um bom jogo no chão", continuou.

Já Demian Maia diz usar a pressão própria por lutar na frente de sua torcida e de pessoas conhecidas como trunfo para se concentrar ainda mais na tentativa de vitória.

"Eu gosto de lutar sob pressão. E aqui vai ter muita pressão. E ela será muito grande, pois metade das pessoas que vão estar aqui eu conheço ou já cumprimentei pelo menos uma vez. Essa pressão me ajuda na questão do ´não posso perder´, isso vai me deixar bem", falou.

O brasileiro ainda desdenhou os comentários do americano de que vai finalizar a luta com seu jiu-jitsu. "Cada um fala o que quer, mas ninguém fala a verdade antes da luta, esse é que é o negócio. O cara não vai chegar aqui e dizer o que vai fazer. Ninguém vai falar isso pra um repórter. Tudo que falarem, desconfiem."