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Ronda cita Batman, diz gostar de ser vilã e explica polêmica com fairplay

Do UOL, em São Paulo

31/12/2013 06h00

Ronda Rousey deixou o octógono do UFC 168 sob vaias, apesar de ter defendido o cinturão feminino da organização na revanche contra Miesha Tate. A imagem que ficou de sua participação no reality show The Ultimate Fighter e o fato de não cumprimentar a rival causaram a reação. Mas ela diz não ligar e cita até Batman para explicar o motivo de gostar do papel de vilã.

Como atleta de judô e medalhista olímpica em Pequim-2008, ela diz que se acostumou a ter torcida contra.

“Eu fui a mais de 30 países competindo pelo judô e sempre era vaiada. Ser aplaudida é novidade. Mas ser boa e ter de agir perfeitamente não deixam espaço para você errar. Não quero me prender a isso. Ser a vilã é mais divertido, mais interessante. Todo mundo fala do Coringa, e não do Batman”, argumentou a campeã do UFC, ao Fox Sports, que transmite o evento nos EUA.

“Nesta luta, ela foi o Duas Caras, e eu, o Batman. Eu tenho o papel que precisar de acordo com a luta”, acrescentou ela.

Ronda venceu Miesha Tate com mais uma chave de braço, sua oitava em oito lutas. A diferença é que pela primeira vez ela passou da marca do primeiro round e só finalizou no terceiro assalto.

Uma polêmica grande com a campeã foi que ela ignorou um aperto de mão oferecido por Tate. Elas são rivais desde o Strikeforce, quando Ronda tomou o cinturão da oponente e o clima esquentou com a disputa do TUF, em que foram as primeiras técnicas mulheres no reality.

“Há muitas coisas que aconteceram entre mim e ela. Eu entendo que é parte do jogo (cumprimentar o oponente). Mas uma vez que você passou do limite, eu não posso apertar a mão de alguém que cuspiu em mim pelas costas”, afirmou Ronda Rousey.

“Eu a respeito como lutadora – e ela fez um trabalho ótimo. Mas um aperto de mão tem significado para mim. Ela não fez por merecer. Não posso aceitar isso até que ela peça formalmente desculpas a mim e minha equipe”, concluiu.

Ronda volta ao octógono já no dia 22 de fevereiro, menos de dois meses depois do UFC 168. Ela fará a luta principal do UFC 170, contra a também medalhista olímpica – mas no wrestling (luta olímpica) – Sara McMann.