Este brasileiro dá uma canseira em Aldo e Barão, mas nem quer saber do UFC

Dudu Dantas pode passar despercebido por quem não acompanha o MMA. Afinal, como se sobressair quando seus companheiros de treinos são ninguém menos que os campeões do UFC José Aldo e Renan Barão? Apesar disso, o carioca de apenas 25 anos ascendeu rapidamente e hoje pode se considerar a terceira força da modalidade no país, com seu cinturão peso galo do Bellator, o segundo maior evento da atualidade.

Nesta sexta-feira, ele coloca seu título dos galos em jogo em Thackerville (EUA) - o FOX Sports anuncia a transmissão para 01h de sexta para sábado. E se você imagina que uma vitória sobre Anthony Leone é apenas mais uma para que ele tente uma vaga no UFC, ledo engano. Por enquanto, ele não quer nem saber de virar empregado de Dana White.

“O Dudu é um monstro, só não tem o mesmo reconhecimento por estar em outro evento”, explica o técnico Dedé Pederneiras sobre Dudu, que costuma dar muito trabalho para Aldo e Barão dentro da academia, fazendo os campeões do UFC penarem nas sessões de sparring.

Mesmo apenas com 25 anos de idade, Dudu já é experiente, com 18 lutas profissionais, sendo 15 vitórias e três derrotas. Ele estreou em 2007 e em abril de 2012 chegou ao título do Bellator, ao finalizar Zach Makovsky.

Como a fase é boa e no Ultimate quem manda no peso galo é o parceiro Renan Barão, a intenção é manter seu caminho dentro do Bellator.

“Adoro lutar e ser atleta do Bellator. Eles me tratam muito bem. O evento cresce a cada dia mais, aqui no Brasil e lá nos Estados Unidos também. Tenho planos de ser o campeão do Bellator por muitos anos, ser o cara a ser batido na minha categoria”, afirma Dudu.

Mas e se abrir uma vaga com Aldo subindo para os leves e Barão aproveitando para ir para penas, Dudu? “Claro que gostaria de ser campeão do UFC. Acredito que 99% dos lutadores de MMA querem estar no UFC. Eu não quero hoje, porque estou feliz no Bellator, mas o futuro pertence a Deus.”

Dudu ficou “encostado” por um longo tempo, mas interrompe nesta sexta-feira um hiato de um ano para encarar Anthony Leone, que entrou como substituto de Rafael Silva, o Morcego, que seria seu rival original. Neste meio tempo, ele aproveitou para viajar: afiou o muay thai na Holanda e fez treinos de sambo na Rússia.

Para completar, fez parte dos camps de Aldo e Barão, que lutaram em fevereiro no UFC 169 e mantiveram seus cinturões. Falando sobre seu companheiro na categoria galo, Dudu é só elogios.

“É uma troca mútua, eu e o Renan aprendemos muito um com o outro. Sempre conversamos muito, sobre luta ou outras coisas também da vida. Nosso sparring é sempre muito equilibrado, o bicho pega mesmo (risos). Ele hoje é o melhor lutador do mundo na categoria, está voando. Fico muito feliz pelo sucesso dele no UFC, é muito merecido.”

Sobre seu rival desta sexta, Dudu comenta que a troca de nomes não alterou sua preparação. A confiança é grande para vencer e num futuro próximo encarar o veterano de 37 anos Joe Warren.

“Anthony Leone e o adversário que eu enfrentaria têm estilos bem parecidos de luta, então estou bem tranquilo. Estou pronto para soltar meu jogo e defender meu título mais uma vez com sucesso. No Bellator tem muita gente querendo minha cabeça (risos). Tenho um cara duro pela frente, que é o Leone, tem o Morcego, que seria meu adversário. E tem um cara que estamos em rota de colisão e, quando rolar, vai ser chapa quente. É o Joe Warren. Ele é ex-campeão da categoria, falou algumas coisas de mim. Sei que todos querem me enfrentar porque sou o campeão, mas quando a hora do Warren chegar será uma luta especial para mim”, concluiu o carioca.