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Ronda diz que brasileira Cyborg não merece estar no esporte: 'é terrível'

José Ricardo Leite

Do UOL, em Las Vegas

18/11/2014 06h00

A superluta mais sonhada pelos fãs entre as mulheres dificilmente vai acontecer, pelo que depender da principal personagem. A norte-americana Ronda Rousey, campeã da categoria galo (até 61 kg) do UFC, voltou a atacar Chris Cyborg ao dizer que este não é um duelo de seus sonhos. Em sua argumentação, novamente falou sobre o passado de doping da brasileira.

Ronda disse que não recusa adversárias e está sempre disposta a lutar contra qualquer competidora, mas ressaltou acreditar que Cyborg usa substâncias ilegais e por isso não merece uma oportunidade. As duas sequer lutam na mesma organização. A americana é campeã peso galo do UFC, e Cyborg está no Invicta, evento que tem apenas mulheres em seu plantel.

Outro problema é o peso. Cyborg sempre lutou como pena, e agora está tentando baixar para o peso galo, descendo de 66 kg para 61 kg – o desafio é complicado, e é encarado com tanta importância quanto a de uma luta para ela. A brasileira estrearia este fim de ano como galo, mas deixou o card em que era previsto lutar, por lesão.

“Já teve médico que falou que ela pode morrer. Agora, não sei se ela vai correr o risco. Eu estou aqui, tenho o cinturão. Ela tem que vir aqui”, disse Ronda, que colocou em xeque a lesão da brasileira em sua estreia adiada no Invicta.

“Disseram que ela está tentando (chegar aos 61 kg). Nunca cancelei uma luta por estar lesionada. Pra ser honesta, nem ligo pra ela. É terrível para o esporte o que ela faz. Não acho que ela seja uma boa competidora.”

Cyborg já caiu em um antidoping quando lutava no Strikeforce. Ela foi pega com o esteroide estanozolol e cumpriu suspensão de um ano afastada dos ringues. Desde então, ela não foi mais flagrada em testes. Mas Ronda não perdoa o passado.

“Ela não está pensando no esporte. Ela não merece fazer parte do esporte. Nós merecemos coisas muito melhores do que ela no esporte. O esporte faz campeões dignos.”