Aldo pede melhores salários aos lutadores e luta contra Conor em estádio

Campeão dos pesos pena do UFC, o brasileiro José Aldo diz que os lutadores de MMA precisam ser melhores remunerados e mais reconhecidos não só pelas organizações, mas também pela mídia em função das dificuldades do esporte e do entretenimento que proporcionam.

O amazonense foi questionado em um evento de perguntas e respostas com fãs nesta sexta-feira, em Barueri, sobre a diferença das bolsas pagas a atletas do MMA e do boxe, sendo que os últimos são muito melhores remunerados.

"O atleta não é tão valorizado como merece. A gente merecia (ser mais valorizado) em tudo, não só no UFC, mas de mídia. Os fãs têm carinho enorme pela gente. Somos muito menos remunerados do que merecemos, nós merecemos ganhar bem.  Nos dedicamos e sofremos pra dar aquele show. Se você vende uma luta está se pagando", falou.

"Mas pra chegar ao nível (de pagamento) do boxe é difícil. Sou atleta do UFC e defendo a bandeira, mas o boxe é uma coisa de muito tempo. Para alcançar o boxe é muito difícil. Mas vamos trabalhar para isso", prosseguiu.

Aldo defendeu seu cinturão há cerca de 45 dias, no Rio de Janeiro, ao vencer por decisão unânime o norte-americano Chad Mendes. Não tem ainda luta marcada, mas se fala muito em um possível duelo contra o irlandês Conor McGregor, que tem boa sequência de vitórias na categoria e já começou a agitar com provocações ao brasileiro.

Aldo disse que Conor é o rival que espera enfrentar em breve. "Não sei se ele está credenciado ou não, mas torço que sim. Espero que seja ele e a luta será ótima, uma grande luta. O lado da luta motiva bastante, é provocador e fala bastante. Joga uma coisa mais intensa. Espero uma grande luta e que eu possa bater bastante nele."

Conor pega Dennis Siver, em janeiro, em Boston. E o brasileiro já torce por uma vitória do rival e sonha com um duelo em um estádio, de preferência no Brasil. Mas não descarta se o combate for na Irlanda.

"Ele ganhando a luta, vou ganhar bastante também. Pagando bem, que mal tem? Tem estádios lá e aqui também. Aqui é minha casa e minha bandeira e não estou nem aí pra ele."