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Lyoto diz que lutou com 6 kg a menos que Weidman: "estava muito magro"

José Ricardo Leite

Do UOL, em São Paulo

19/12/2014 06h00

A luta contra CB Dollaway, no sábado, no UFC Barueri, será a chance para Lyoto Machida retomar a caminhada para disputar o cinturão dos médios e uma revanche contra Chris Weidman. Mas o brasileiro sabe que não será fácil ter uma nova oportunidade em função do inchaço de bons nomes que a categoria atravessa no momento.

Nem mesmo um triunfo convincente pode ser suficiente, já que há outros atletas que vem de vitórias. “Tem muita gente bem supostamente na minha frente, como o (Luke) Rockhold e  o (Ronaldo) Jacaré. Cada luta é uma luta e espero conseguir o lugar ao sol pra disputar o título.”

O caretaca, ex-campeão dos meio-pesados, hoje é o atual quarto colocado do ranking, atrás de Anderson Silva, Vitor Belfort e Ronaldo Jacaré. O primeiro volta a lutar contra Nick Diaz, no dia 31 de janeiro, enquanto o segundo faz disputa de cinturão contra Weidman no dia 28 de fevereiro. Jacaré enfrenta Yoel Romero. Além deles, há outros nomes fortes em ascensão, como Luke Rockhold (quinto do ranking), e a chegada de Dan Henderson, que desceu dos meio-pesados.

Machida entende que atualmente os médios têm uma quantidade grande de lutadores em um mesmo nível, e que isso faz com esteja até mais movimentada do que os meio-pesados, do campeão Jon Jones, que foi a mais tradicional dos últimos anos na organização.


“Muita gente da categoria de cima está descendo para os médios. A de cima era mais concorrida porque envolvia lutadores que eram rápidos, forte e técnicos. Os pesados, não que não sejam técnicos, mas os pesos mais leves são um pouco mais técnicos do que eles. No boxe, os pesados são os (lutadores) mais nobres. No MMA o meio-pesado é a mais nobre, mas os médios estão ficando muito disputados. Tem muitos lutadores bons, e isso é importante pra nós. Quero ser campeão na categoria mais movimentada”, falou.

A luta contra Weidman ainda não foi bem digerida por Machida. Não por discordar da decisão dos árbitros ou qualquer crítica ao rival, mas sim por entender que lutou com uma condição física inadequada. O carateca diz que teve problemas para recuperar o peso no dia da luta e entende que lutou muito leve, facilitando a vida do rival.

Lyoto diz que ganhou apenas cerca de 3kg após a pesagem (o limite da categoria é 83.9 kg), enquanto o americano estava mais forte para o combate.  “Na luta com Weidman tive perda de peso e lutei muito magro, com 87 kg, e acho que ele lutou com 93 kg. Acho que isso fez uma diferença muito grande, 5 kg ou 6 Kg é uma diferença muito grande no MMA”, explicou. “Mas agora está tudo bem, está certo e sem problemas (para essa luta)”, ponderou.