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Belfort: "não é justo eu ser testado 7 vezes e o Weidman apenas uma"

Pedro Ivo Almeida/UOL
Imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL

Do UOL, em São Paulo

05/03/2015 14h04

O lutador Vitor Belfort, próximo desafiante ao cinturão dos pesos médios do UFC, está descontente com a política de testes antidoping da organização. 

Em entrevista concedida durante o UFC 184, o atleta afirmou que a metodologia utilizada pela organização para testar os atletas ainda não é a mais adequada e reclamou da grande quantidade de testes feita por ele antes da luta contra o atual campeão da categoria, o norte-americano Chris Weidman. “Em 2013, eu fui o único a ser testado de forma aleatória. Desde que minha luta contra Weidman foi anunciada, já fui testado sete vezes fora do período de treinos. Sete vezes. Eles testaram meu oponente sete vezes?”, reclamou Belfort.
 
A luta, que está programada para acontecer no UFC 187, dia 23 de maio, em Las Vegas, acontecerá antes do início da nova política de testes antidoping anunciada pela organização. A nova regulamentação prevê testes fora do período de competição para todos os atletas e um rigor maior com os competidores que realizarão os dois principais eventos da noite. Na visão de Belfort, a mudança poderá trazer mais transparência para o esporte. 
 
“A parte engraçada é que todos os atletas estão limpos, ninguém faz nada errado. Mas quando eles (UFC) começaram a testar todos eles, quantos acabaram pegos? Cerca de 40%? Isso mostra que, para o sistema funcionar, todos precisam ser testados igualmente. Se eles vierem me testar para a luta contra o Weidman, eles também precisam testá-lo na mesma data, ao mesmo tempo. Isso sim é um sistema igualitário e justo. Não é justo que eles me testem sete vezes e o Weidman apenas uma. Nós sabemos como o sistema funciona atualmente. Eu não acho que o atleta faça qualquer coisa sem estar sabendo, então eu quero que eles me testem diariamente. Venham colher minhas amostras sanguíneas, minha urina, mas terá que ser igual para todos", desabafou Belfort.
 
O controle mais rígido na preparação do brasileiro, que já foi campeão nos pesos pesados e meio-pesados da organização, acontece por ele já ter falhado em um teste randômico em 2014, o que levou a Comissão Atlética de Nevada a banir o Tratamento de Reposição de Testosterona (TRT), do qual o brasileiro era adepto.