UFC muda regra: número de lutas, e não ranking, define 'salário' da Reebok

Desde que o UFC anunciou o seu maior patrocínio da história, com a Reebok, e alterou todo o sistema de exibição de apoios pessoais de seus lutadores, o tema rendeu muitos debates, inclusive dos próprios atletas da organização, que ainda não sabem exatamente o que receberão a partir de 1 de julho. Agora, um detalhe foi alterado. Se antes o ranking definiria que parcela da verba deste patrocínio iria para cada atleta, o modelo foi alterado: agora, será o número de lutas o diferencial.

A informação é do Sports Business Journal, dos EUA. Tracey Bleczinski, vice-presidente global de produtos da organização, já havia confirmado as conversas. “Nós tivemos alguns debates, e empresários e atletas tinham grandes questões. Houve um ótimo debate”, apontou ele. O site MMA Fighting confirmou momentos depois com o próprio UFC a notícia.

O patrocínio do UFC chegou primeiramente como uma mudança no uniforme dos lutadores, que a partir de julho passa a ter um modelo único. Mas a mudança que mais mexeu com eles foi no bolso. Patrocinadores pessoais serão vetados, e apenas marcas que tem contrato com o UFC poderão ter seus logos exibidos. Com essa dinâmica, muitos atletas perderam e perderão recursos, mas, por outro lado, o dinheiro da Reebok – US$ 70 milhões em seis anos - será destinada a dar um pagamento mais constante aos lutadores.

O problema na ideia inicial de se usar os rankings é que essa lista de melhores lutadores é definida por jornalistas do mundo todo, o que deixa a classificação subjetiva e, por isso mesmo, sujeita a erros de avaliação.

Agora, um novo sistema vai premiar os atletas de acordo com o número de vezes que eles pisaram no octógono. A divisão será entre lutadores que fizeram de 1 a 5 lutas, de 6 a 10, de 11 a 15, de 16 a 20 e os que lutaram mais de 21 vezes. Esse número engloba lutas no Strikeforce e no WEC, companhias adquiridas pelo UFC. A exceção à regra é para lutas de título, que renderam pagamentos maiores.

O Ultimate não passou ao jornal valores específicos de quanto lutadores ganharão e ainda não anunciou oficialmente a mudança, o que deve ocorrer nas próximas semanas.