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Árbitro do confronto entre Anderson e Bisping rebate crítica de inglês

Do UOL, em São Paulo

29/02/2016 19h33

O polêmico confronto entre Anderson Silva e Michael Bisping segue dando o que falar. Após ser criticado pelo lutador britânico por não ter interrompido a luta para que ele recolocasse seu protetor bucal, que havia caído, Herb Dean explicou que a reclamação demonstra desatenção às regras do combate.

“A instrução foi dada ao Bisping no vestiário e repetida a ele logo depois, antes do combate começar. Eu disse: ‘proteja-se o tempo todo’. Foi o que eu disse para os dois lutadores. E eles sabem que essa responsabilidade é dele”, declarou o árbitro em entrevista ao “MMA Hour”.

O árbitro ainda explicou que apenas seguiu as regras estabelecidas para situações envolvendo protetores bucais. De acordo com Dean, quando algum lutador deixa o acessório cair, a luta não pode ser interrompida imediatamente para que ele seja recolocado para evitar possíveis fraudes.

“Bisping sinalizou uma vez (sobre o protetor), mas Anderson já estava em processo de ataca-lo. Por uma série de motivos que são bem evidentes, você não pode parar a luta para recolocar o protetor bucal durante uma troca franca de golpes. Se nós fizermos isso, nós teremos caras cuspindo o protetor de propósito para ganhar um tempo extra ou, em algum momento que se sintam cansados, apenas cospem o protetor para ganhar tempo. Então, obviamente, não poderia recolocar no meio da troca de golpes”.

Por fim, Herb Dean ainda salientou que, em momento algum, achou que a luta tivesse acabado no momento em que Anderson Silva conectou a joelhada e Bisping foi ao solo. De acordo com o árbitro, o britânico estava claramente consciente após ser atingido pelo brasileiro.

“Bem, Silva acertou ele com uma joelhada e o derrubou, e então ele saiu andando e começou a celebrar. Ele havia caído, mas como você sabe, no MMA, nós não paramos a luta apenas porque alguém caiu. Eu vi que, quando ele caiu, ele não estava inconsciente. Ele estava olhando o Anderson. Anderson não deu a ele uma ameaça que ele precisasse se proteger, mas não quero começar a entrar no campo do “se”. A verdade é que ele não atacou. O round acabou e, como Anderson estava celebrando, houve certa confusão sobre o que estava acontecendo. Entretanto, eu não estive confuso em momento algum. Eu sabia que não havia interrompido a luta e que ela deveria continuar”, concluiu o árbitro.