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Dileno Lopes planeja "lutar como nunca" para não depender de juízes no UFC

Matthew Stockman/Getty Images
Imagem: Matthew Stockman/Getty Images

Fábio de Mello Castanho

Do UOL, em São Paulo

29/06/2016 12h00

Após quase um ano de espera, enfim Dileno Lopes enfim voltará ao octógono. Derrotado na final do TUF Brasil 4, disputada em 1º de agosto de 2015, o peso galo brasileiro enfrentará Anthony Birchak no dia 7 de julho em uma luta que, por suas palavras e pelo histórico do rival, tem tudo para ser uma das mais explosivas da noite em Las Vegas.

Em entrevista ao UOL Esporte, Dileno disse que não pretende deixar a decisão para os juízes, como aconteceu na sua derrota para Reginaldo Vieira na final do reality-show durante o UFC 190. “Vou ter que lutar como nunca lutei na minha vida. Primeiro eu não vou deixar cair nas mãos dos árbitros. Vou tentar finalizar, tentar o nocaute...”, planejou.

Já seu adversário, Anthony Birchak, tem três lutas pela organização. Nenhuma passou do primeiro round. Ganhou de Joe Soto por nocaute, mas caiu diante de Ian Entwistle por finalização e acabou no chão após uma sequência e socos do brasileiro Thomas Almeida em sua última luta, no UFC de novembro de 2015 disputado em São Paulo.

Retrospecto que, na avaliação de Dileno, pode favorecê-lo. “É igual cachorro louco. Eu não sei qual a ideia dele, sei que gosta de trocar, mas não sei se vem para a trocação franca. Ele tem duas derrotas, então para ele é um tiro no escuro. Já perdeu mais que ganhou. Já eu estou chegando agora”, disse.

A estreia de Dileno fora do Brasil pelo UFC não será realizada em qualquer evento. O FC Fight Night: Dos Anjos vs. Alvarez abrirá na quinta-feira uma sequência de três noites de lutas que culminará com o UFC 200, no dia 9 de julho. Todas as atenções do MMA estarão voltadas para os dias que prometem ser históricos em Las Vegas.

“É a minha primeira luta internacional, uma coisa que sempre sonhei. Vai ser uma semana inteira de UFC, vou me sentir em casa. Já estou preparado, então é só chegar lá e completar a missão, fazendo bem o meu trabalho. Estou mais preparado, mais focado”, disse.

Apesar da derrota para Reginaldo Vieira na final do TUF Brasil, apenas a segunda em sua carreira no MMA, Dileno não enxerga o duelo como uma tentativa de recuperação. Com 28 anos e buscando o “máximo de vitórias para ficar o máximo no UFC”, o brasileiro acredita que deixou ótima impressão no octógono.

“Eu sempre digo que eu não tive uma derrota, mas uma conquista. Não me dei como derrotado. A gente (ele e Reginaldo Vieira) lutou muito, queríamos deixar tudo de nós. Era uma luta pelo título, queríamos mostrar para todo mundo e fazer uma grande luta. Eu não vejo como derrota. Só me deu mais incentivo, mais foco”, disse.

Nascido e desenvolvido no chão em Amazonas

Dileno Lopes no duelo contra Reginaldo Vieira na final do TUF Brasil - Alexandre Loureiro/Inovafoto/UFC - Alexandre Loureiro/Inovafoto/UFC
Imagem: Alexandre Loureiro/Inovafoto/UFC

Dileno Lopes nasceu da cidade de Manacapuru, no Amazonas, e é especialista em jiu-jitsu. “Eu nasci para o chão”, gosta de dizer o lutador, que promete estar forte também na trocação. “Meu foco na preparação é mais no boxe, no muay-thai. No chão eu já tenho de berço”.

Conterrâneo de José Aldo, ele diz que mantém boa relação e vê o ex-campeão do UFC como um lutador para se espelhar. Curiosamente, Aldo voltará ao octógono dois dias depois de Dileno, no card principal do UFC 200.

“Quando nos vemos, sempre conversamos. É um grande parceiro. Ele sempre é muito muito carinhoso comigo e é espelho para todo mundo, que se prepara como atleta mesmo. Está bem mais adiantado do que eu, mas é um cara inspirador”, conta.