Aldo volta a criticar UFC e diz que seria mais valorizado se fosse bad boy
O lutador José Aldo, 30, ainda não digeriu bem a decisão do UFC, que anunciou na terça-feira (27) um combate entre o irlandês Connor McGregor e o norte-americano Eddie Álvarez em novembro, em Nova York. O europeu, principal rival do brasileiro, vai disputar o título dos leves sem precisar abdicar do cinturão dos penas, categoria de Aldo. E uma das principais razões para isso é uma questão de popularidade.
McGregor é um dos lutadores mais populares do UFC atualmente. O card do dia 12 de novembro será a estreia do circuito em Nova York, e os organizadores tentaram casar um duelo que tivesse relevância e um oponente com apelo no mercado local. Aldo, que não é um dos grandes vendedores de pay-per-view, acha que foi prejudicado por não ser pop.
“Se o Aldo fosse bad boy, chegasse lá e cuspisse na cara dos outros, para eles ia ser muito mais valorizado. Isso chama atenção de mídia, dos fãs, de todos”, admitiu o brasileiro em entrevista à “TV Globo”.
A questão de Aldo em torno da luta marcada pelo UFC é que ela trava a divisão dos penas – McGregor é o campeão, mas o brasileiro detém o cinturão interino e esperava uma chance para unificar os títulos. Na terça-feira, ao saber sobre o card, Aldo chegou a falar em aposentadoria e pediu para ser dispensado.
“É difícil você lutar desanimado e manter uma coisa que você não quer mais. Eu merecia uma disputa de cinturão, e isso não veio”, ponderou o lutador.
Primeiro campeão do UFC no peso pena, Aldo dominou a categoria entre 2010 e 2014, quando foi nocauteado por McGregor em Las Vegas. “Dana White disse no vestiário que a próxima luta seria Frank Edgard pelo título ou até mesmo uma revanche. Ele falou isso no vestiário depois da luta, após eu ter perdido”, contou o brasileiro.
O presidente do UFC, contudo, tentou contemporizar. Segundo White, o contrato de Aldo não será rescindido – o brasileiro tem compromisso para mais seis lutas, com alta multa para quebra do vínculo – e minimizou a reação do atleta.
“Não vamos cancelar o contrato do José Aldo. Sabia que ele ia ficar chateado, que reagiria com emoção. Gosto muito dele, gosto da família, e a gente vai resolver essa questão toda”, disse o dirigente.
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