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Rival de Aldo está invicto há 4 anos e durou luta inteira com McGregor

Max Holloway após vitória sobre Anthony Pettis - Brandon Magnus/Zuffa LLC - Brandon Magnus/Zuffa LLC
Max Holloway após vitória sobre Anthony Pettis
Imagem: Brandon Magnus/Zuffa LLC

Guilherme Dorini

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

02/06/2017 04h00

Uma das maiores críticas feitas atualmente ao UFC é a de tomar decisões baseadas no show, no entretenimento - e não na parte esportiva. O questionamento é válido em várias situações, exceto no atual momento da divisão dos penas da organização. Se existe um lutador que merece disputar o cinturão da categoria – mesmo se não tivesse o interino –, esse alguém é Max Holloway. O havaiano, rival de José Aldo no UFC 212, sábado (3), no Rio de Janeiro, possui dez vitórias seguidas e não perde há quase quatro anos, quando foi derrotado por Conor McGregor.

Natural de Waianae, no Havaí, Holloway não precisou de muito para despertar atenção da organização comandada por Dana White. Profissional desde 2010, o lutador precisou de apenas quatro lutas no estado norte-americano e, em menos de dois anos, já era contratado pelo UFC. A estreia com apenas 20 anos, no entanto, não foi das melhores: foi finalizado por Dustin Poirier ainda no primeiro round do UFC 143, em fevereiro de 2012.

Na sequência, emendou três vitórias e, quando parecia que iria embalar, sofreu duas duras derrotas: uma decisão dividida para Dennis Bermudez e outra unânime para Conor McGregor. Contra o irlandês, ao contrário de Aldo, que foi derrotado em 13 segundos, Holloway não deu o trabalho esperado, mas, ao menos, durou a luta inteira.

É bem verdade que era apenas a segunda luta de McGregor no UFC – ele sequer tinha as famosas tatuagens no peito –, mas já mostrava que poderia ir longe na organização. Com a personalidade já conhecida, o irlandês mandou no octógono e dominou Holloway nos três rounds de cinco minutos. O havaiano passou por momentos delicados, mas conseguiu evitar um nocaute ou finalização e ainda deu um susto nos últimos segundos: um chute alto que desequilibrou o rival.

Holloway e seu jeito explosivo no octógono - Suhaimi Abdullah/gettyimages - Suhaimi Abdullah/gettyimages
Holloway e seu jeito explosivo no octógono
Imagem: Suhaimi Abdullah/gettyimages

Os dois tropeços fizeram com que Holloway acordasse e embalasse no UFC. De lá para cá, foram dez vitórias seguidas, sendo cinco nocautes, duas finalizações e três decisões unânimes – ainda levou quatro bônus, três por performance e um por nocaute da noite.

As cinco primeiras aconteceram dentro de um período de quase um ano, de janeiro de 2014 até fevereiro de 2015, superando nomes de menor expressão da categoria, que serviram como base para sua arrancada. Derrotou Will Chope, Andre Fili, Clay Collard, Akira Corassani e Cole Miller.

Na sequência, conseguiu os quatro triunfos mais importantes, responsáveis por colocá-lo na parte de cima do ranking dos penas: finalizou Cub Swanson, nocauteou Charles do Bronx e venceu, de maneira unânime, Jeremy Stephens e Ricardo Lamas.

Então, bem colocado na divisão, teve o que seria seu maior adversário até este sábado: o ex-campeão dos leves Anthony Pettis. Como Aldo estava na indefinição de sua carreira, o UFC abriu uma disputa de cinturão interino, colocando o 'Showtime' no caminho de Holloway.

Em dezembro do ano passado, Pettis assustou ao não bater o peso, mas a luta foi confirmada, valendo cinturão apenas em caso de vitória do havaiano. E foi o que aconteceu. Em uma forma física muito melhor e vivendo um ótimo momento técnico, Holloway passeou sobre o ex-campeão e conseguiu um nocaute técnico, com um chute no corpo e socos, no terceiro round.

O resultado o credenciou automaticamente para uma luta contra José Aldo, na qual o título dos penas da organização será unificado. A princípio, o combate aconteceria em 11 de fevereiro, em Nova York, mas Holloway pediu um tempo para curtir a família antes do desafio mais importante da sua vida – que acabou definido para este sábado (3), no Rio de Janeiro.

UFC 212 - 3 de junho, no Rio de Janeiro

Acompanhe na íntegra, em tempo real, no Placar UOL Esporte a partir de 19h30.

CARD PRINCIPAL

José Aldo x Max Holloway (peso-pena)
Cláudia Gadelha x Karolina Kowalkiewicz (peso-palha)
Vitor Belfort x Nate Marquardt (peso-médio)
Paulo Borrachinha x Oluwale Bamgbose (peso-médio)
Erick Silva x Yancy Medeiros (meio-médio)

CARD PRELIMINAR

Raphael Assunção x Marlon Moraes (peso-galo)
Antônio Cara de Sapato x Eric Spicely (peso-médio)
Johnny Eduardo x Mathew Lopez (peso-galo)
Iuri Marajó x Brian Kelleher (peso-galo)
Viviane Sucuri x Jamie Moyle (peso-palha)
Luan Chagas x Jim Wallhead (meio-médio)
Marco Beltrán x Deiveson Alcântara (peso-mosca)