Topo

Finkel tem confusão por maiôs, erro no placar e queda de bloco em dois dias de provas

Confusão com os trajes na final dos 200 m costas não atrapalhou Thiago Pereira - Satiro Sodré/AGIF
Confusão com os trajes na final dos 200 m costas não atrapalhou Thiago Pereira Imagem: Satiro Sodré/AGIF

Roberta Nomura

Em Belo Horizonte (MG)

30/08/2011 12h34

O Troféu José Finkel teve início na tarde de segunda-feira e já coleciona problemas na organização. No primeiro dia, o bicampeão mundial Cesar Cielo machucou o dedinho nas eliminatórias dos 50 m livre, mas evitou reclamações. Na mesma prova, um bloco caiu e um atleta nadou sozinho para computar seu resultado. Na manhã desta terça-feira, mais incidentes. Thiago Pereira revelou confusão com maiôs e uma bateria semifinal teve que ser repetida por causa de um erro no placar eletrônico.

Cielo voltou a sentir o dedinho da mão direita na semifinal dos 50 m livre. Na eliminatória, ele ralou a pele no bloco de saída. “Está ficando carimbado. Na prova não dá para sentir, mas na hora de assinar, sujei tudo [de sangue]”, contou. O bicampeão e recordista mundial evitou fazer reclamações.

O novo companheiro de Cielo no P.R.O. 16 (Projeto Rumo ao Ouro em 2016) adotou tom oposto. Thiago Pereira não poupou críticas após confusão com maiôs antes da final dos 200 costas. “Não aconteceu comigo, mas deu um problema com as bermudas. O cara, para estar ali, precisa aprender a ser árbitro”, disse.

Segundo os atletas, nadadores foram proibidos de competir com um traje legalizado. A confusão teria ocorrido porque a bermuda é do modelo 0909 e o árbitro teria feito associação com os supermaiôs – proibidos desde o fim de 2009. A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) enviou email para a Fina (Federação Internacional) para confirmar a validade do maiô. “Realmente a gente fica um pouco decepcionada. É muita coisa para só dois dias de prova. O menino [Fabio Santi] chegou chorando porque falaram que ele não podia nadar com aquela bermuda”, contou Flavia Delaroli-Cazziolato.

A nadadora do Pinheiros/Sabesp, aliás, também sofreu com problema de organização. Um erro no placar eletrônico provocou a repetição da primeira bateria da semifinal dos 50 m livre. “Dizem que é a regra. Se eles erram, os atletas que tem que pagar. O certo era que todo mundo nadasse de novo ou repetisse toda a série amanhã, valendo medalha”, criticou. Apenas a série de Flavia foi repetida.

Na segunda-feira, Itálo Manzine Duarte protagonizou cena inusitada. Ele nadou sozinho após o final das eliminatórias porque em sua série dos 50 m livre, parte do bloco de saída caiu quando ele largou. O Mackenzie (MG) protestou e ele realizou a prova e obteve a classificação para a semifinal desta manhã com o terceiro melhor tempo – atrás apenas de Nicholas Santos e Cesar Cielo, respectivamente.

 

CESAR CIELO MELHORA TEMPO E GARANTE LUGAR NA FINAL DOS 50 M

Cesar Cielo nadou para o gasto na disputa da semifinal dos 50 m no Troféu José Finkel, em Belo Horizonte, nesta terça-feira. O campeão mundial melhorou o seu tempo, fez 22s73 e garantiu a primeira colocação na sua bateira. Bruno Fratus, principal rival de Cielo, bateu na segunda posição com o tempo de 22s89.

Na segunda-feira, na eliminatória da prova mais rápida da natação, Cesar Cielo passou com o segundo melhor tempo, depois de anotar a marca de 22s92, quando Nicholas Santos foi o mais rápido.