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Cielo revela inspiração em Ronaldo e Nadal para voltar ao topo do mundo

Atleta brasileiro falou sobre como conseguiu motivação para voltar a vencer em grande nível  - Satiro Sodré/Divulgação/CBDA
Atleta brasileiro falou sobre como conseguiu motivação para voltar a vencer em grande nível Imagem: Satiro Sodré/Divulgação/CBDA

Daniel Neves e Bruno Doro

Do UOL, em São Paulo

07/08/2013 12h47

Cesar Cielo conquistou duas medalhas de ouro no Mundial de Barcelona dez meses após realizar cirurgias complexas nos dois joelhos. Ao voltar ao Brasil, com os dois títulos mundiais na bagagem, ele revelou de onde tirou forças para superar o momento difícil: Ronaldo e Rafael Nadal. O brasileiro substituiu os tradicionais papeizinhos com tempos a serem batidos por pôsteres da dupla, que superou graves lesões no joelho para voltar a conquistar títulos.

“Aquele jogo em que caiu em campo com o joelho todo desfigurado foi a cena mais forte da carreira dele [Ronaldo]. A cirurgia que ele fez foi a mesma. Ter visto o cara depois de um episódio daquele ser o melhor da Copa do Mundo é uma inspiração para qualquer um. E eu, com as minhas dores, pensava: se ele conseguiu chutar uma bola, eu vou conseguir ondular embaixo da água’", disse o nadador nesta quarta-feira.

O exemplo de Rafael Nadal foi mais recente. O tenista espanhol ficou afastado das quadras durante cerca de sete meses, também por conta de problemas no joelho. No entanto, Nadal conseguiu se recuperar, voltou a atuar em grande nível e conseguiu conquistar o torneio de Roland Garros pela oitava vez na carreira.

“Quanto eu estava assistindo a Roland Garros, pensava como o Nadal passou por coisa parecida. E, mesmo com dor, ele foi lá e ganhou o campeonato. Foi muito legal ver essa recuperação dele em um contexto muito parecido com o meu”, comentou o nadador.

Questionado sobre o momento mais difícil durante a recuperação, Cielo não titubeou a eleger em dor como principal adversária.

“A parte mais difícil do dia a dia foi em relação a dor, não tem jeito. Sair do treino mancando, indo para casa dirigindo o carro de uma forma completamente torta, porque não conseguia ficar com o joelho dobrado. Quando via um farol vermelho, tinha que puxar o freio de mão pois não podia ficar com o pé no pedal. Era aquela dedicação que sabia que deveria ter. Mas a convivência com a recuperação foi um período muito difícil”, concluiu.