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Rebeca Gusmão nega tentativa de suicídio e se diz recuperada da depressão

Ex-nadadora falou sobre período complicado pelo qual passou nos últimos anos  - Caio Guatelli/Folhapress
Ex-nadadora falou sobre período complicado pelo qual passou nos últimos anos Imagem: Caio Guatelli/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

21/10/2013 17h07

Aos poucos, Rebeca Gusmão dá sinais de que está recuperada da grave depressão que a atingiu em 2010, logo após ser banida da natação por doping. 22 quilos mais magra, ela falou sobre o período complicado e negou que tenha tentado suicídio após ficar três dias em coma com uma intoxicação. No entanto, a ex-atleta admitiu que chegou a pensar em se matar.

“Não teve isso (suicídio). Veio à minha cabeça algumas vezes, mas nunca tentei me matar. Foi uma irresponsabilidade minha. Não estava conseguindo dormir e, por conta própria, dobrei a dose da medicação, que já era forte. Por eu estar com o organismo fragilizado, o efeito foi muito forte”, disse em entrevista ao jornal Extra, publicada no fim de semana.

Rebeca foi condenada em 2007. Acusada de doping, a então nadadora perdeu as quatro medalhas conquistadas no Pan do Rio de Janeiro e, dois anos depois, foi expulsa do esporte. Em 2010, ela passou a sofrer com a depressão e um dos efeitos foi uma perda de peso fora do comum.

“Eu não comia. Meus pais e meu esposo perguntavam e eu falava que tinha comido. Hoje peso 70 quilos, mas cheguei a 66, já recuperei quatro. No auge da natação, pesava no máximo 82, mas cheguei a 104 quilos depois, na época do levantamento de supino”, comentou.

Agora recuperada, ela já retornou às piscinas e à musculação, mas tudo em um ritmo bem mais “light”. Além disso, a ex-atleta, que reside em Brasília, encontrou na religião um apoio para superar as dificuldades.

“Sou uma pessoa mais forte, que deixou para trás o que aconteceu. Aprendi que quando se toca no passado só se envenena o presente. Acho que foi isso: por lembrar muito do passado eu envenenava meu presente. Hoje vivo como se amanhã não fosse existir. Aproveito o máximo os meus pais, porque sei que amanhã posso não tê-los mais. Aproveito o máximo meu sobrinho, quero vê-lo crescer. Quero estar bem comigo, feliz, fazer o que eu gosto: malhar, nadar, viajar, viver a vida”, analisou.