Topo

Felipe França não quer mais hambúrguer. Isso vale a medalha em 2016

Satiro Sodre/SSPress
Imagem: Satiro Sodre/SSPress

Fábio Aleixo

Do UOL, em São Paulo

28/04/2015 12h00

Para chegar em condições de brigar por medalhas na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, Felipe França está disposto a fazer qualquer sacrifício. E o principal deles é deixar de lado o hambúrguer. Amante de fast food, o nadador, que sempre travou uma árdua batalha com a balança, resolveu abrir mão do lanche.

“Sou muito fã de hambúrguer, mas tenho evitado ao máximo comer. Para alcançar a melhor condição é necessário fazer sacrifícios supremos. Por uma medalha, vale deixar o fast food de lado. Parei de comer besteira, como fazia antigamente. Evito doce, refrigerantes.”, afirmou o nadador de 27 anos de idade, que defende o Corinthians.

“Hoje, tenho uma alimentação muito mais regrada. Faço todas as minhas refeições no clube. A única coisa diferente que como de vez em quando é uma pipoca de microondas sem manteiga e um açaí ”, contou.

França, que mede 1,85m, pesa atualmente 98 quilos. Em dezembro do ano passado, quando ganhou cinco medalhas de ouro no Mundial de Piscina Curta de Doha (QAT) estava com 100. Porém, para a disputa dos dos Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN), em julho, e o Mundial de Kazan (RUS), em agosto, quer perder ainda mais peso.

“Tenho total convicção que a perda de peso e de gordura corporal vai me ajudar muito no Mundial. Sinto que estou em extrema evolução e melhorando a cada mês. Estou perdendo gordura e ficando mais forte. Estou conciliando bem o trabalho na água com a musculação”, disse França, campeão mundial dos 50m peito em Xangai-2011 e vice em Roma-2009, ambos em piscina olímpica.

Felipe França - Satiro Sodre/SSPress - Satiro Sodre/SSPress
Imagem: Satiro Sodre/SSPress

O ânimo demonstrado pelo nadador e sua preocupação com o peso em nada lembram o que aconteceu com ele após os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando nem à final dos 100m conseguiu avançar. Teve depressão e chegou a bater os 120 quilos. Durante o ano de 2013, um novo baque. Não conseguiu índice para disputar o Mundial de Barcelona.

“Com certeza hoje estou vivendo o meu melhor momento. Tive uma grande evolução, as experiências que tive lá atrás me ajudaram muito”, reconheceu França.

No momento, ele possui a segunda melhor marca do ano dos 50m peito (prova não-olímpica, com 27s07) e a quarta melhor nos 100m peito (59s78). O desempenho o deixa animado para brigar por medalhas no Mundial e se colocar em uma boa posição na corrida pela medalha em 2016.

“Tenho me dedicado ao máximo nos treinos e para este Mundial eu pretendo me colocar entre os cinco melhores do mundo. Acredito que estando neste grupo terei condição de brigar pela medalha na Olimpíada. Esta competição em Kazan será importante para competir contra os melhores. E também tem o Pan, que é muito importante para o Brasil”, completou.