Suspensão do país faz nadadores competirem sem bandeira em Kazan
A segunda bateria do revezamento 4x100m misto no Mundial de esportes aquáticos de Kazan (Rússia) teve nove conjuntos. Entre eles, bandeiras de Costa Rica, Suriname, Papua Nova Guiné e Azerbaijão, por exemplo. Contudo, ninguém chamou mais atenção do que um grupo que não representava ninguém. Por causa de uma suspensão imposta pela Fina (Federação internacional de esportes aquáticos) à associação nacional do Sri Lanka, os atletas do país tiveram de competir sem bandeira.
“É um pouco decepcionante não ver nossa bandeira num Mundial”, admitiu o atleta Cheranta da Silva. “Já estivemos num Mundial e vimos como é. Por isso, foi especialmente frustrante”, completou.
A suspensão do Sri Lanka tem a ver com uma interferência do ministério de esporte e turismo do país na gestão da associação local. Por causa disso, a Fina já havia pedido em maio que as eleições da entidade que comanda a natação nacional fossem adiadas.
Como o pedido não foi acatado, a Fina anunciou em junho a punição ao país. O Sri Lanka perdeu temporariamente o direito a voto em assembleias gerais e não pôde exibir sua bandeira no Mundial de Kazan.
“Competir sem a nossa bandeira é estranho. Estou acostumada a ver nossa bandeira quando nosso nome aparece no telão da arena”, disse a nadadora Machicko Raheem.
Além de Cheranta e Machiko, o quarteto do revezamento misto contou com Kimiko Raheem e Matthew Abeysinghe, que formam toda a delegação do Sri Lanka em Kazan. A despeito de não terem conseguido ver a bandeira de seu país e de terem feito apenas o 22º tempo nas eliminatórias, porém, eles não saíram totalmente decepcionados.
“A atmosfera é incrível”, relatou Machiko. “Nós seguimos como um time. É bom ter a oportunidade de estar com essas pessoas”, finalizou Cheranta.
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