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MPF oferece denúncia contra dirigentes da CBDA por organização criminosa

Coaracy Nunes, ex-presidente da CBDA, está preso em Bangu 8 com outros 3 dirigentes - JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Coaracy Nunes, ex-presidente da CBDA, está preso em Bangu 8 com outros 3 dirigentes Imagem: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

18/04/2017 15h54

O Ministério Público Federal de São Paulo ofereceu denúncia à Justiça contra os ex-dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) Coaracy Nunes, Sérgio Lins de Alvarenga, Ricardo de Moura e Ricardo Gomes Cabral.

Eles foram denunciados por organização criminosa, peculato, licitação fraudulenta e falsidade ideológica de documento público.

Além dos antigos dirigentes da CBDA, também foram denunciados pelo MPF-SP Haller Ramos de Freitas (sócio das empresas Natação Comércio de Artigos Esportivos LTDA e Haller Ramos de Freitas), José Nilton Cabral da Rocha (sócio da empresa Natação Comércio de Artigos Esportivos LTDA), Monica Pereira da Silva Ramos e Keila Delfini Santos Pereia da Silva (sócias da empresa Competidor Comércio de Produtos para Piscinas Esportivas LTDA).

De acordo com o MPF, os oito denunciados fraudaram procedimento licitatório para aquisição de equipamentos esportivos; utilizaram-se de documentos ideologicamente falsos; e desviaram o valor de R$ 1,26 milhão (valores pagos em licitação cujas mercadorias não foram entregues), referente ao repasse do Ministério dos Esportes através do convênio

Coaracy, Alvarenga, Moura e Cabral também foram acusados de se apropriar da quantia de US$ 50 mil referente a prêmio pago pela Fina (Federação Internacional de Natação), em 23 de julho de 2015, que deveria ter sido entregue aos atletas e comissão técnica do polo aquático pelo 3º lugar na Liga Mundial da categoria, em 2015.

O MPF informa que Coaracy Nunes, então presidente da CBDA, recebeu R$ 1,558 milhão de verba pública para compra de equipamentos aquáticos para Olimpíada de 2016. Essa compra deveria ser feita através de processo licitatório. Mas o MPF diz que a licitação foi irregular, com a participação de parentes.

Os quatro dirigentes também teriam se apropriado de R$ 5 milhões de verba pública que deveria ser utilizada para estruturação do polo aquático. Eles também teriam utilizado R$ 100 mil do escritório da CBDA para defesas pessoais.

Procurado pela reportagem do UOL para falar sobre as acusações, o advogado da CBDA, Marcelo Franklin, não quis se pronunciar.