
20h42 - 01/08/2003 Turbinado, handebol brasileiro põe seu favoritismo à prova
Murilo Garavello Enviado especial do UOL Em Santo Domingo (República Dominicana)
Vôlei, natação, atletismo, basquete e vela. Até o ano passado, essas eram as modalidades amadoras com confederações mais endinheiradas e poderosas. Esse clube ganhou em 2003 pelo menos mais um integrante: o handebol.
Fortalecido por verbas públicas da Lei Agnelo/Piva e, principalmente, por um contrato assinado neste ano com a Petrobras, que renderá R$ 1,3 milhão até o fim de 2004, um dos esportes mais praticados nos colégios brasileiros entra na disputa dos Jogos Pan-Americanos como favorito ao ouro no feminino e à prata no masculino. Os campeões do Pan-Americano masculino e feminino se classificam diretamente para a Olimpíada de 2004.
"Estamos em um nível superior às outras seleções. Todos nos enfrentam como se fosse uma final de campeonato", resume o técnico do feminino, Alexandre Trevisan Schneider.
Uma das novas meninas dos olhos do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, o handebol feminino já havia terminado a Olimpíada de Sydney-2000 na oitava colocação. Para o Mundial deste ano, que terá início em novembro, na Croácia, as expectativas são ainda maiores.
Já o masculino, que não disputou a última Olimpíada, conquistou apenas acabou na posição de número 22 no Mundial deste ano. "Tanto o feminino quanto o masculino estão evoluindo juntos. O feminino tem um potencial maior para obter bons resultados porque o nível técnico é menor. Há menos equipes competitivas", tenta justificar o chefe da delegação brasileira em Santo Domingo, José Fiorizi.
Apesar do fraco desempenho no Mundial, em Santo Domingo, a seleção masculina é uma das mais fortes. "Temos 99% de chances de decidir o título do Pan contra a Argentina", aposta o presidente da Confederação, Manoel Luis Oliveira, sem arriscar um prognóstico para a final -o Brasil perdeu os últimos três confrontos contra os rivais.
Neste sábado, as meninas estréiam contra os EUA, inaugurando as competições de handebol. O jogo tem início às 10h (horário de Brasília). No feminino, as seis seleções participantes não foram divididas em grupos: todas se enfrentam e as quatro melhores realizam a semifinal. Além de Brasil e EUA, Argentina, México, Uruguai e República Dominicana estão inscritos.
Já a seleção masculina joga, também neste sábado, contra a República Dominicana, às 17h. Uruguai e Chile completam a chave B. No grupo A, estão Argentina, México, Porto Rico e EUA. Os dois melhores avançam para as semifinais.
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