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X Games termina com destaque para prodígio de 13 anos e ouro para musa brasileira

A brasileira Leticia Bufoni foi um dos destaques da edição de Los Angeles da competição  -  AFP PHOTO/Frederic J. BROWN
A brasileira Leticia Bufoni foi um dos destaques da edição de Los Angeles da competição Imagem: AFP PHOTO/Frederic J. BROWN

Paulo Anshowinhas

Do UOL, em São Paulo

05/08/2013 06h00

No ano que o X Games, o principal torneio de esportes radicais do mundo, atinge sua maioridade de 18 anos, os destaques da edição que aconteceu neste fim de semana, em Los Angeles, nos Estados Unidos, vão dos “adultescentes” aos jovens que são até mais novos que a própria competição.

Neste universo, alguns brasileiros também se destacaram, seja por um grande resultado, como é o caso de Leticia Bufoni, seja por uma queda feia, como a protagonizada por Bob Burnquist.

O pequeno gigante

O skatista americano Tom Schaar, no alto dos seus 13 anos de idade, é um legítimo representante da geração Z (dos nascidos acima de 1990 até os dias de hoje) que conseguiu um feito e tanto.

Aprendeu a andar na megarrampa com Bob Burnquist, acertou um 1080º no X Games do ano passado e, nesta edição, o discípulo superou o mestre ficando em segundo lugar no Big Air.

Letícia de ouro

A única medalha de ouro pintada de verde e amarelo desta edição veio dos pés sensíveis da skatista paulistana Letícia Bufoni, de 20 anos. Ela, que tem uma tatuagem na parte interna da boca com a inscrição F...-se, em 2010  faturou a Maloof Money Cup e embolsou US$ 25 mil (cerca de R$ 50 mi),

Desta vez, a musa do skate levou a bandeira brasileira ao ponto mais alto do pódio, ao faturar a categoria Street League feminina.

Luan de bronze

O skatista gaúcho de street Luan de Oliveira, de 23 anos, sabe como se posicionar entre os melhores no pódio, tanto que no ano passado, na África do Sul, recebeu um cheque de US$ 100 mil (cerca de R$ 230 mil) ao ganhar o prêmio de primeiro colocado do Maloof Money Cup.

Este ano ele venceu o Tampo Pro, na Florida, na frente da nova revelação do street, Nyjah Huston, dos Estados Unidos, que ficou em segundo. No X Games, no entanto, o norte-americano faturou o ouro no Street League e Luan levou o bronze.

Jovem adultescente

O skatista norte-americano Bucky Lasek é um excelente modelo de “adultescente”. Esse neologismo para explicar adultos com comportamento adolescente serve para a maioria dos praticantes do X Games, que fazem parte da geração X (nascidos a partir da década de 60 até os anos 80).

Lasek anda de skate desde os 12 anos e agora, aos 40, continua na ativa, sendo tricampeão de vertical na etapa de Munique, na Alemanha.

No X Games de Los Angeles, se arriscou na categoria Rally Cross SuperCar, mas mostrou sua competência no skate vertical, onde levou o ouro.

O japonês voador

Seu nome é Taka Higashiro e, aos 27 anos, é um bom representante japonês da geração Y (nascidos acima da década de 80 até os anos 90). Piloto de FMX (free style motocross), conseguiu superar seus ídolos com manobras impressionantes como um superman sem as mãos, voando literalmente com sua moto a mais de 10 metros de altura sem segurar o guidão, o que lhe valeu um merecido ouro, como primeiro oriental a conquistar tal prêmio.

Brincando de carrão

O piloto de rali, drift, corrida no gelo e apresentador de TV americano, Tanner Foust, é outro “adultescente” puro, que faz sucesso por onde passa. Dublê de direção em filmes como Velozes e Furiosos – Desafio em Tóquio e Homem de Ferro, já ganhou o ouro em provas de rali em outras edições do X Games.

Nesta edição, venceu o Gymkhana Grid Race, prova no estilo corrida maluca, onde o piloto faz curvas de 180 e 360 graus, e faz desenhos no chão com os pneus, além de ziguezagues entre cones e diversos outros obstáculos.

O cheiro da rampa

O maior ídolo nacional dos esportes radicais e um dos expoentes do skate mundial, o carioca Bob Dean Silva Burnquist foi um dos inventores da megarrampa ao lado do americano Danny Way.

Depois de 12 medalhas de ouro no X Games, Bob, que é vegetariano e pratica esportes alucinantes, como wingsuit, desta vez sentiu na pele o cheiro da sua própria criação. Ele foi o protagonista da queda mais assustadora da edição deste ano, ao cair da megarrampa e quebrar o nariz e parte da face. Mesmo machucado, continuou na prova e terminou em terceiro, levando o bronze.