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De travessia em penhascos a surfe em vulcão; veja os esportes mais perigosos do mundo

Slackline Extreme tem Corda bamba entre penhascos, sem rede de proteção ou vara de equilíbrio - Nicolas Armer/AP
Slackline Extreme tem Corda bamba entre penhascos, sem rede de proteção ou vara de equilíbrio Imagem: Nicolas Armer/AP

Paulo Anshowinhas

Do UOL, em São Paulo

14/08/2013 06h00

A revista digital Odd Stuff Lab (Laboratório de Coisas Estranhas, em tradução livre), em uma publicação de 2011, relacionou os 20 esportes mais perigosos do mundo. Além de modalidades realmente de tirar o fôlego, como base jump, wingsuit, fmx, escalada no gelo e surfe aéreo, também enumera atividades incríveis e praticamente desconhecidas por aqui.

É o caso do air kicking (pessoas lançadas por catapultas hidráulicas na água), free style power rises (uma espécie de calçado de molas que chega a saltar vários metros de altura), o crocodile bungee (um bungee jump sobre fosso de jacarés) e wing walking (caminhar sobre asas de aeronaves em movimento).

Além dessas modalidades curiosas, duas outras parecem inacreditáveis e se posicionam nas primeiras colocações. O surfe em vulcão (com pranchas de metal e porcelana, além de roupas à prova de fogo) ficou em segundo lugar. No topo da lista está o slackline em penhascos, uma travessia em corda bamba sem rede de proteção, paraquedas ou mesmo vara de equilíbrio, entre gargantas rochosas.

Para entender as razões para o crescente número de praticantes de esportes tão perigosos como estes, um estudo acadêmico da revista The Sport and Exercise Scientist, da Universidade de Bangkor, do Reino Unido, publicado no ano passado, explica que “a necessidade dos indivíduos de correr riscos é um aspecto fundamental da natureza humana. O homem das cavernas nunca teria emergido das cavernas se não optasse por correr riscos”, explica.

Os radicais, e seus riscos, também são avaliados em uma escala mais simples pelas empresas de seguro inglesas. Como divulgou a revista Economy Watch, modalidades como asa delta, paraquedismo, skydive e kite foil, ou kitewing estão na categoria 4, a última, e que representa altíssimo nível. Como comparação, a escala começa com patins (1), mergulho (2) até MMA, bungee jump, mountain bike e canoagem em corredeiras, todas na categoria 3, que já envolvem grande risco.

Para chegar a essa escala, as empresas levam em conta, em caso de acidente, os custos de resgate, tratamento dentário, médicos, fisioterapia, despesas legais, de viagem e internação.

A lista dos esportes mais perigosos, no entanto, pode variar conforme o pesquisador. A Discovery Brasil, por exemplo, fez uma análise mais geoturística e apontou o heliski (ski na neve lançado por helicópteros), em Helsinque, na Finlândia, como o mais arriscado, seguido pelo mergulho em cavernas no México, o base jump na Malásia, o mergulho com tubarões no Caribe e a montaria de touros no Texas.

Além de mudar conforme quem faz o levantamento, a lista dos esportes mais perigosos também sofre mudanças com o passar dos anos e o desenvolvimento de tecnologias. Em 2002, a revista Forbes apontava o base jump como a modalidade de maior risco. Três anos depois, uma pesquisa do Centro de Documentação de Informação sobre Seguros da França trouxe o voo livre no topo.