Governo Federal vai triplicar verba e liberar até R$ 300 milhões para olímpicos neste ano

Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

  • Al Bello/Getty Images

    Juliana Veloso compete nos saltos ornamentais em Londres-2012

    Juliana Veloso compete nos saltos ornamentais em Londres-2012

O Governo Federal pretende liberar ainda este ano de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões para projetos esportivos de preparação para a Olimpíada do Rio 2016. Esse volume de verbas representa em torno do triplo do que foi gasto no ano passado e é superior a um ano de Lei Piva investido por COB (Comitê Olímpico Internacional) e confederações no esporte olímpico.

O montante ainda não faz parte do Plano Medalha anunciado pela presidente Dilma Roussef, em setembro, para disponibilizar R$ 2,5 bilhões para o esporte olímpico. Esse dinheiro só começará a ser usado a partir de 2013, por meio de R$ 1,5 bilhão previstos no orçamento do Ministério do Esporte e R$ 1 bilhão adicional. O objetivo é transformar o Brasil em potência olímpica nos Jogos de 2016, isto é, terminar em uma posição entre os 10 primeiros do quadro de medalhas.

Representantes do governo e das confederações farão reunião nesta quarta para detalhar os aspectos técnicos do Plano Medalha. A análise de verbas para este ano já está em andamento.

Para este ano, o governo fez uma chamada pública para projetos das confederações olímpicas. No total, recebeu planos de investimento que totalizaram R$ 340 milhões. O que passar pelo crivo do ministério terá verba.

"É improvável que tudo seja tecnicamente aprovado. Pode até chegar a tudo. Mas acho que o provável é um volume em torno de R$ 250 milhões e R$ 300 milhões", contou o secretário de Alto Rendimento da pasta, Ricardo Leyser.

A questão é que, ao contrário dos outros anos, os projetos olímpicos não sofreriam restrições orçamentárias e cortes após a presidente priorizar o tema. Por isso, triplicaria o volume de dinheiro. Pelo menos é o que espera o ministério.

No pacote do governo, houve uma discussão com as confederações sobre a flexibilização das regras para liberação de dinheiro. Isso porque a burocracia costuma atrasar o recebimento de verbas públicas. Mas, ao mesmo tempo, são os regulamentos que permitem um controle de como está sendo gasto o recurso da União.

Assim, o Ministério do Esporte não fará uma flexibilização e optou por procedimentos para acelerar o processo burocrático, que, no seu entender, têm sido bem sucedidos. Para isso, tenta agilizar a sua análise de projetos  que sempre foi morosa. E também foi pedido celeridade das confederações. Com isso, há projetos que já podem entrar em funcionamento neste ano.

"Apresentei projetos para o polo aquático e os saltos ornamentais parara essa chamada pública inicial. Esses dois não estavam incluídos no Plano Medalha, então, aproveitei", afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes.

A Confederação Brasileira de Judô apresentou "três ou quatro projetos", segundo seu presidente Paulo Wanderley. O objetivo é a compra de equipamentos para federações, o que espalharia um maior número de centros de treinamento com boas condições pelo país.

Esse recurso é adicional ao que já é recebido pelas confederações com a Lei Piva. Dentro do Plano Medalha, a partir de 2013, ainda haverá verbas extras de estatais e um incremento ao bolsa-atleta.

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