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Surfe estreia antidoping com tolerância para maconha e drogas sociais

Para Kelly Slater, o uso de drogas estimulantes não melhora o rendimento no surfe - REUTERS/Kirstin Scholtz/ASP/Handout
Para Kelly Slater, o uso de drogas estimulantes não melhora o rendimento no surfe Imagem: REUTERS/Kirstin Scholtz/ASP/Handout

Do UOL, em São Paulo

24/02/2012 10h42

A principal novidade da ASP (Associação dos Surfistas Profissionais) para 2012 é o início da realização dos exames antidoping. O circuito profissional de surfe abre a sua temporada neste final de semana com a etapa de Gold Coast, na Austrália.

Inicialmente, somente serão divulgados os resultados positivos para substâncias que estimulem a melhora de rendimento. Os surfistas flagrados pelo uso de drogas “sociais”, como é o caso da maconha, terão seus testes mantidos em sigilo e só terão seus casos noticiados caso testem outras duas vezes. Quem não cumprir as novas regras da ASP pode ser suspenso do circuito por no mínimo um ano.

O norte-americano Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais, brincou sobre a possibilidade de alguém ser preso pelo uso de maconha durante as etapas.

“Alguém vai ser preso no circuito? Talvez. Seria meio engraçado. Quero dizer, seria uma chatice para essa pessoa, seria constrangedor", disse.

Slater afirmou não se importar com a realização do exame antidoping, mas ressaltou que não acredita que a utilização de drogas melhore o desempenho no surfe.

"Eu realmente não sei se a questão de melhora de desempenho se aplica tanto a nós. O surfe é muito tomada de decisões e habilidade. Não se baseia apenas em velocidade e não se baseia apenas na força. Não sei se alguém tomar uma droga se isso vai fazê-la vencer", explicou.

"Se um cara está disputando uma corrida e quer ir o mais rápido, uma substância provavelmente pode fazê-lo ir mais rápido. Acho que ele poderia provavelmente trapacear. O surfe é um pouco diferente", comparou Slater.