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Quer entender melhor o surfe? Conheça as manobras mais iradas

Gabriel Medina dá aéreo durante etapa da Liga Mundial de Surfe - Divulgação/ASP
Gabriel Medina dá aéreo durante etapa da Liga Mundial de Surfe Imagem: Divulgação/ASP

Do UOL,em São Paulo

31/03/2015 12h00

A Liga Mundial de Surfe (WSL) volta nessa terça-feira com a abertura da segunda etapa do circuito mundial, em Bells Beach, na Austrália.

Filipe Toledo vem embalado após ser campeão em Gold Coast. Já o campeão mundial Gabriel Medina chega “mordido” após eliminação polêmica e precoce na etapa anterior.

Miguel Pupo e Adriano de Souza, o Mineirinho, trazem a confiança de ter chegado nas semifinais de Gold Coast. Enquanto Wiggolly Dantas, Ítalo Ferreira e Jadson André completam a escalação de brazucas.

Com a geração conhecida como “Tempestade Brasileira” ganhando moral a cada etapa da Liga Mundial, esse é o cenário desenhado para os surfistas brasileiros em Bells Beach.

Mas você já se perguntou se entende direito as manobras com as quais essas feras costumam impressionar nas praias mundo afora? Será que você conhece os nomes e as características das artimanhas do surfe do mesmo jeito como uma chapéu no futebol ou uma enterrada no basquete?

Não? Então o UOL Esporte preparou uma lista das manobras mais iradas do surfe para você entender o que fazem na água os grandes surfistas da Liga Mundial.

1. Tubo
Para a maioria esmagadora dos surfistas, o tubo é a manobra mais arrepiante que uma onda pode proporcionar. Nela, o atleta fica completamente escondido dentro do tubo formado pela quebra da onda.

Sua execução não é tarefa qualquer. Se a prancha acelerar demais, o tubo pode ficar para trás; se acelerar de menos, o surfista é engolido pela onda. Para reduzir a velocidade, existem duas técnicas comuns entre os surfistas: primeiro, aumentar a pressão no pé posicionado na parte de trás da prancha e, depois, colocar uma das mãos na parede da onda.

2. 360º
O 360º é uma manobra comum em outros esportes radicais. Mas a dificuldade de execução no surfe é maior. Exige muita técnica. O surfista efetua uma volta completa sobre o próprio eixo e continua a onda na mesma direção.

É realizada como se fosse uma batida, porém, é completada pelo lado contrário. Isto é, pelo lado da espuma e não pela face da onda. É fundamental que o atleta esteja bem aquecido para não correr o risco de sofrer com cãibras.

3. Aéreo
O aéreo é difícil de fazer mas simples de explicar: é um voo sobre a onda. Para conseguir tirar a prancha inteira da água, os surfistas costumam puxá-la com uma ou com as duas mãos. É um das especialidades dos brasileiros Gabriel Medina e Filipe Toledo.

Entre aéreos, há tipos mais acrobáticos. É o caso rodeo clown - um looping ou mortal fora da água -, inventado pelo hexacampeão mundial Kelly Slater. Ou o aéreo 360º, que é a união das duas manobras.

4. Floater
É muito utilizado quando a onda vai quebrar à frente dos surfistas. Eles passeiam pela crista da onda como se estivessem flutuando sobre a mesma. Assim, os surfistas conseguem atingir a face aberta da onda.

Quando a onda começa a fechar, os surfistas procuram a crista, deslizam sobre a espuma e voltam para a onda. A manobra lembra aquela que os skatistas fazem em corrimãos. Para realizá-la, é necessário que os surfistas ganhem velocidade e reduzam o atrito da prancha contra a água.

5. Cut back
É a manobra mais clássica do surfe. Dominava na época em que as pranchas eram muito pesadas para manobras aéreas e rasgadas. No cut back, o surfista volta na direção contrária da onda e depois retoma o curso normal. Para realizar um bom cut back, o atleta tem que definir bem o ponto de início e fim do movimento, sob pena de ser apanhado pela onda no meio da manobra.

Quando o surfista acelera demais, é necessário que faça uma meia volta para acompanhar a velocidade da onda. A técnica do cut back envolve fases de back side e front side, além de uma boa noção de tempo e espaço.

6. Rasgadas e batidas no lip
Em tradução simples, lip significa crista. Como o nome já indica, o surfista bate com a parte de baixo da prancha na crista da onda. Normalmente a batida no lip faz parte da manobra mais comum nos campeonatos: a rasgada.

Rasgar nada mais é que subir até o topo da face da onda e fazer um giro abrupto pra trás, forçando o pé trazeiro na rabeta da prancha a fim de espirrar tanta água quanto possível.