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Filipinho revela lesão e diz que desativou até Facebook por título mundial

Do UOL, em São Paulo

26/11/2015 19h15

Aos 20 anos, Filipe Toledo é o nome do momento na Liga Mundial de Surfe (WSL). O jovem surfista brasileiro teve uma temporada impressionante e tem chances reais de título mundial na última etapa do circuito, em Pipeline, no Havaí.

A poucos dias do início da etapa decisiva, Filipinho revelou em entrevista exclusiva para a revista Surf Portugal uma lesão no cotovelo que dificultou seu melhor surfe na etapa do Taiti.

"Eu sei que poderia ter chegado mais longe no Taiti. Estava a sentir-me super confortável em Teahupoo, mas tinha uma lesão no cotovelo. Um dos nervos do cotovelo acabou por inflamar e eu não conseguia colocar muita pressão nesse braço. Era bastante difícil colocar-me em pé na prancha. No heat com o Italo Ferreira não apanhei qualquer onda. Então as pessoas começaram a questionar a minha capacidade nas ondas grandes", afirmou o surfista.

Pressionado pelo bom início de circuito e com a possibilidade de ser campeão mundial, Filipinho disse que desligou até das redes sociais para esquecer as críticas e focar apenas em melhorar seu surfe.

"Juro que desinstalei o Facebook e o Instagram do meu celular. Eu era a única pessoa que sabia a verdade sobre o que me tinha acontecido. A realidade é que foi um bom resultado para mim, embora pudesse ter ido mais longe", relembra o brasileiro.

De acordo com Toledo, que está a apenas 200 pontos do líder do ranking, o tricampeão mundial Mick Fanning, o bom início na WSL 2015 o fez acreditar na possibilidade do título mundial de surfe.

"Sempre foi o meu sonho chegar ao Havaí na luta pelo título. Nunca quis pensar muito sobre o título, mas uma vitória logo na primeira etapa é um excelente começo. Depois de ter também um bom resultado em Bells comecei a sentir-me confortável. Esses dois resultados deram-me muita confiança para o resto da temporada", destaca.

Agora, Filipinho quer mostrar que superou a lesão no cotovelo e provar que também sabe surfar em ondas grandes e tubulares.

"Sou muito bom a tornar a pressão em motivação. Há sempre pessoas que vão dizer que sou melhor surfista em mar pequeno, mas tento usar isso para me motivar e melhorar a minha prestação em ondas grandes. Quando dizem que eu não me vou dar bem nos tubos pesados, em uso isso para me motivar", diz o surfista de Ubatuba, que é considerado especialista em aéreos.