Topo

Polêmica com juízes da WSL pode render multa de até R$ 165 mil a Medina

Guilherme Dorini

Do UOL, em São Paulo

12/09/2016 14h22

A recente polêmica envolvendo Gabriel Medina e os juízes da Liga Mundial de Surfe (WSL) pode sair salgada ao brasileiro. Segundo um artigo do regulamento da competição, qualquer atitude que "prejudique a imagem do esporte" pode ser punida com uma multa de até R$ 165 mil (US$ 50 mil).

O artigo 171 do regulamento de 2016 da WSL diz que os surfistas "não devem se envolver em nenhuma conduta que pode causar algum dano a imagem do esporte."

A WSL ainda vai além para tentar "segurar" os atletas. "Isso inclui qualquer ato que coloque a imagem do esporte ou da WSL em alguma situação negativa. Provocar danos à imagem do esporte inclui qualquer comentário em redes sociais que o surfista é responsável." A multa varia entre US$ 1 mil até US$ 50 mil.

Medina não chegou a reclamar dos juízes nos microfones da WSL ou de algum outro veículo de imprensa, mas suas irônicas palmas dentro do mar (após saber sua nota e ao sair da bateria) e um post "misterioso" no Instagram podem ser enquadrados neste artigo. A regra para punição, no entanto, é tão subjetiva quanto a avaliação dos juízes durante uma bateria.

 

Hora de ir pra casa. Muito triste, eu dedico ou dediquei minha vida pra isso...to cansado, cansei!

A photo posted by G. Medina (@gabrielmedina) on


No último domingo (11), um dia após a bateria de Medina, Jeremy Flores, surfista francês da elite mundial, decidiu entrar na discussão. Em uma publicação no Instagram, onde aparece fazendo um gesto parecido com o de Medina, ele alegou já fazer essas reclamações há anos e que já cansou de ser multado pela entidade.

“Muito engraçado agora ver todo mundo criticando os juízes nas redes sociais… Eu venho fazendo isso nos últimos seis anos e fui multado milhões de vezes por pedir explicações sobre algumas coisas… Agora, finalmente, todo mundo acordou”, começou Jeremy.

“A arbitragem está muito amadora se compararmos quão grande o esporte se tornou. Temos contratos, patrocinadores, bônus… Dedicamos nossas vidas para esse esporte. Todos nós contribuímos para a evolução do nosso esporte. Não me entendam errado. Deve ser difícil ser juiz, é um trabalho duro… Mas, se não tivermos bons julgamentos, então não devemos ter esse tanto de dinheiro envolvido. Simples assim”, finalizou.