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Com o uniforme da seleção brasileira, Federer joga futetênis com alemão em sua despedida do Brasil

Federer (e.) e Tommy Haas vestiram camisas da seleção brasileira de futebol - Marcello Zambrana/inovafoto
Federer (e.) e Tommy Haas vestiram camisas da seleção brasileira de futebol Imagem: Marcello Zambrana/inovafoto

Rafael Krieger

Do UOL, em São Paulo

09/12/2012 19h49

Depois de fazer um dos jogos “mais divertidos” de sua carreira contra Tsonga no sábado, Roger Federer entrou mais compenetrado para o jogo de despedida de sua turnê pelo Brasil neste domingo. Jogou sério no primeiro set e encaminhou sua vitória por 2 sets a 0 (duplo 6-4). Mas ele estava apenas escondendo uma surpresa ao público brasileiro. Na metade da segunda parcial, ele foi para o vestiário e voltou usando o uniforme da seleção brasileira, com direito a calção e meião. Jogou “futetênis” com o alemão Tommy Haas, e continuou até o final vestido de canarinho.

Seu rival era um velho conhecido: o alemão Tommy Haas, seu primeiro adversário como profissional e algoz na final de Halle deste ano. Enquanto Haas conquistava o público com suas brincadeiras e vestia uma camisa da seleção brasileira, o suíço tratava de dar show apenas com sua raquete. Nem a mascote conseguiu tirá-lo do sério. Só os gritos durante o saque o faziam acenar ou tampar os ouvidos sorrindo.

Como se quisesse acertar as contas com Haas, Federer jogou sério no primeiro set. E deixou a surpresa para o segundo. O primeiro a vestir a camisa da seleção foi Haas, que colocou um modelo azul e fez a torcida delirar. Mas era só o começo. O suíço deu uma sumida quando vencia por 3 a 2, e voltou fantasiado de jogador da seleção, com uma bola amarela debaixo do braço.

“Vi que o Tommy colocou a camisa, e então lembrei que também tinha algo aqui. É uma honra vestir esse uniforme. Tenho muito respeito pelo Brasil e pelo futebol do país”, comentou Federer sobre a surpresa para o público.

Federer então começou uma partida de “futetênis” com Haas. O alemão mostrou bem mais habilidade com a bola nos pés. No final, o suíço deu um chutão para a arquibancada, que respondeu com “Olê, Roger”. Àquela altura, Federer já estava próximo da vitória, e o público passou a torcer por Haas na esperança de que o espetáculo fosse prolongado.

Apesar de todos estarem do lado de Federer e chiarem a cada erro do suíço, Haas também conquistou parte da torcida, principalmente as “marias-raquete”. Em certo ponto, ele parou o jogo para gritar “Brasil”, e levantou as arquibancadas. Depois, ao levar uma passada surpreendente de Roger, Haas foi até o placar e desenhou um bigode imaginário na foto do suíço. Quando foi discutir uma marcação com o árbitro, ajeitou a cueca despreocupadamente e fez os espectadores rirem.

O alemão já tinha se divertido quando a mascote entrou e viu ele arriscar alguns passos arrojados de hip hop, com direito a “bundadas” no boneco. Federer, por sua vez, pediu um tempo das brincadeiras e se limitou a dançar “Gangnam Style” sentado. Afinal, o melhor estava guardado para mais tarde. Mesmo vestido com o uniforme do Brasil, o suíço não mostrou desconforto e continuou arrancando aplausos com jogadas de efeito.

Ao final do jogo, a torcida aplaudiu de pé, satisfeita com o show. “Mal posso esperar para voltar. Foi uma das melhores semanas da minha vida. Já queria vir ao Brasil faz muito tempo, sabia que seria especial. Não poderia estra mais feliz”, declarou o suíço em sua despedida do público brasileiro.